Estudo mostra que 62% dos jovens latino-americanos está otimista com futuro

  • Por Agencia EFE
  • 13/10/2014 21h34

São Paulo, 13 out (EFE).- Quase dois terços dos jovens latino-americanos (62%) é otimista sobre o futuro e 72% consideram que o melhor está ainda por vir, enquanto os americanos e os europeus são mais céticos, mostrou um estudo divulgado nesta segunda-feira pela companhia Telefônica em São Paulo.

As conclusões da pesquisa Global Millenial Telefônica foram apresentadas pela companhia espanhola na véspera da abertura da Futurecom 2014, o maior congresso de telecomunicações e tecnologias da informação do Brasil, que reunirá mais de 15 mil participantes internacionais entre 14 e 16 de outubro.

De acordo com a segunda edição da pesquisa Global Millennial Survey, só 43% dos jovens norte-americanos e 22% dos europeus vê o futuro de forma positiva. Esses números dispararam para 86% e 83% – 90% para os latino-americanos – quando respondem sobre o grau de satisfação com sua vida.

Gabriela Bighetti, presidente da Fundação Telefónica Vivo, destacou que os jovens, especialmente no Brasil, estão pedindo mudanças, mas de um modo “integrador” e “conversando com os poderes públicos”.

“Conseguem perfurar essa membrana do sistema que, embora consideram corrupta, também veem como necessária”, assegurou Bighetti, que acrescentou que exigem cada vez mais uma educação que integre as novas tecnologias.

As transformações em telecomunicações, em infraestruturas e no mundo digital legitimam, disseram os especialistas citados no estudo, esse grande otimismo que caracteriza a juventude latino-americana.

Para Bighetti, “os jovens brasileiros e latino-americanos já estão empreendendo e os demais veem e se contagiam. Isso é positivo e estimulante”.

O estudo também mostrou que a denominada “geração milênio” se preocupa bastante com a “fuga de cérebros” e considera que seus líderes políticos não fazem o suficiente para reter o talento.

Bighetti indicou durante a apresentação que os jovens veem a corrupção, os sistemas educacionais e as desigualdades econômicas como os maiores obstáculos para o crescimento de seus países.

Ela acrescentou que os latino-americanos estão mais empreendedores que americanos ou europeus. 30% dos entrevistados latinos afirmou que ambiciona criar um negócio próprio nos próximos dez anos, número igual ao dos americanos, mas bem maior que o dos europeus (16%).

O relatório foi elaborado a partir de 6.702 entrevistas feitas entre junho e agosto deste ano com jovens entre 18 e 30 anos de 18 países da Europa Ocidental, da América Latina e dos Estados Unidos. EFE

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