Estudo mostra que biodiversidade da Antártida é mais rica do que se pensava

  • Por Agencia EFE
  • 24/06/2015 23h23
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Sydney (Austrália), 25 jun (EFE).- A diversidade de plantas e animais na Antártida é mais rica do que se pensava, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (data local) na Austrália, que registrou mais de 8.000 espécies na região marinha do continente branco.

“Isto é consideravelmente mais do que ninguém jamais imaginou”, disse o líder deste trabalho científico liderado pela Universidade de Melbourne, Steven Chown, em declarações à emissora local “ABC”.

“Mas a verdadeira e impressionante diversidade está no mundo dos micróbios. Por exemplo, os sistemas de água doce da Antártida possuem na realidade a maior diversidade (de vírus que existem em liberdade) que em qualquer outro lugar estudado”, acrescentou o cientista.

A pesquisa, divulgada na revista “Nature”, assinalou que, apesar de existir uma grande diversidade em todo o continente e no oceano Antártico, é necessário adotar mais ações para proteger e conservar estas espécies.

O estudo detalhou que as áreas de proteção especial nos parques nacionais terrestres e nas áreas marinhas existentes, especialmente no Mar de Ross, são reduzidas demais em comparação aos objetivos do Plano Estratégico do Convenção sobre Diversidade Biológica 2011-20.

“É surpreendente que a proporção de áreas protegidas sejam tãoreduzidas na Antártida”, opinou Chown, que trabalhou com especialistas da pesquisa Antártica Britânica, da neozelandesa Universidade de Waikato e da Universidade Nacional Australiana.

As áreas terrestres que não estão cobertas de gelo e que estão protegidas representam 1,5% do total, longe do objetivo global fixado na convenção sobre Diversidade Biológica que assinala que para 2020 é necessário conservar 17% das áreas terrestres.

“Isto dá uma ideia do quão afastada está a Antártida desse objetivo”, lamentou Chown. EFE

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