“Estupro está provado”, afirma delegada sobre caso no Rio de Janeiro
![Wilton Junior/Estadão Conteúdo](https://jpimg.com.br/uploads/2017/04/1366485718-o-chefe-de-policia-fernando-veloso-e-cristiane-bento-titular-da-delegacia-de-protecao-crianca-e-adol.jpg)
Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (30), a delegada responsável pelas investigações do caso do estupro da adolescente de 16 anos afirmou não ter dúvida de que o crime aconteceu.
A delegada Cristiana Bento, titular da delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) afirmou ainda que o processo corre sob segredo de justiça e, por isso, não daria acesso às declarações prestadas pela vítima e pelos suspeitos.
“A minha convicção é a de que houve estupro. Está lá no vídeo, que mostra um rapaz manipulando a menina. O estupro está provado. O que eu quero agora é verificar a extensão desses estupro, quantas pessoas praticaram esse crime”, disse a delegada.
Cristiana Bento declarou ter pedido a prisão temporária dos seis suspeitos de envolvimento no crime e disse que há indícios suficientes para justificar o pedido. “O vídeo prova o abuso sexual. Além do depoimento da vítima”.
Também participaram da entrevista o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, e Adriane Rego, diretora do Instituto Médico-Legal.
Adriane Rego afirmou que os peritos não encontraram material biológico dos estupradores no corpo da vítima, mas que isso não quer dizer que a violência não ocorreu.
A perícia técnica do IML ficou prejudicada por conta do tempo decorrido entre o crime e o exame – cinco dias. “O prazo de cinco dias dificulta muita coisa. Quanto mais próximo da violência for o exame, mais fácil é a gente detectar qualquer vestígio. O corpo tem reações que são muito fugazes, desaparecem rapidamente. Então, quanto mais próximo da lesão for o exame, maiores as chances de produzir provas técnicas”, afirmou a diretora do IML.
Suspeitos foragidos
A Polícia Civil do Rio procura nesta segunda-feira seis homens acusados de envolvimento no estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, ocorrido no bairro de Jacarepaguá, zona oeste, no sábado, dia 21, e divulgado em redes sociais na terça-feira (24). Eles são considerados foragidos. Ainda não se sabe quem participou do ato em si e quem o divulgou na internet.
Estão sendo procurados Sérgio Luiz da Silva Júnior, conhecido como Da Russa; Marcelo Miranda da Cruz Correa; Raphael Assis Duarte Belo; Michel Brasil da Silva; Lucas Perdomo Duarte Santos; e Raí de Souza. Da Russa é apontado como chefe do tráfico do Morro da Barão, na Praça Seca, onde ocorreu o crime. O Disque Denúncia oferece R$ 1 mil para quem der informações sobre seu paradeiro. Santos tinha um relacionamento com a vítima.
O advogado do jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, um dos seis suspeitos, disse que seu cliente se apresentará aos policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) ainda nesta segunda-feira (30). “Mesmo que ele fique preso, irá à delegacia. A gente sabe que ele está falando a verdade, vou estudar o pedido de prisão para apresentar as medidas cabíveis”, afirmou Eduardo Antunes.
*Com informações de Agência Brasil e Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.