EUA adverte da possibilidade de “conflito generalizado” na Líbia
Washington, 12 jul (EFE).- Os Estados Unidos expressaram neste sábado sua “profunda preocupação” perante os episódios de violência contínua que acontecem na Líbia, e advertiu que a “perigosa” situação “poderia levar a um conflito generalizado” no país africano.
“Afirmamos nosso apoio à transição democrática da Líbia e exortamos à constituição do novo parlamento o mais breve possível”, disse a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jen Psaki.
Além disso, o governo de Washington destacou o “papel vital” que a Assembleia para a Redação da Constituição Líbia desempenha na “construção de um novo país”, e pediu para que possa desenvolver seu trabalho “sem ingerências nem violência”.
“O futuro da Líbia não será assegurado pela força das armas, mas só através de um acordo político e o diálogo nacional que permita ao Estado garantir a segurança e o Estado de direito em todo o país”, reiterou Psaki.
Além disso, pediu a todas as partes para realizar um diálogo construtivo para resolver suas disputas.
“Os Estados Unidos continuarão apoiando o povo líbio a lidar com estes desafios e a construir um Estado livre, próspero, democrático e seguro”, disse a porta-voz.
O leste da Líbia, e especialmente a cidade de Benghazi, é palco desde a queda do regime de Muammar Kadafi em 2011 de uma onda de assassinatos e atentados que tiveram como objetivo integrantes dos corpos de segurança, ativistas políticos, jornalistas, juízes, advogados, diplomatas e cidadãos estrangeiros.
A incapacidade dos diferentes governos da transição de estender sua autoridade ou de controlar a cada vez mais deteriorada segurança levou a Líbia a uma profunda crise que terá que enfrentar o novo parlamento que surgir das eleições realizadas no dia 25 de junho. EFE
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