EUA afirmam que líder do Estado Islâmico na Líbia foi morto em ataque aéreo
O governo dos Estados Unidos informou neste sábado (14) que Abu Nabil, considerado o líder do Estado Islâmico (EI) na Líbia, morreu em um bombardeio realizado nesta sexta-feira (13) no país norte-africano.
A operação foi autorizada e teve início antes do ataque terrorista realizado em Paris, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo jihadista, explicou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Peter Cook, em comunicado.
“A morte de Nabil degradará a capacidade do EI de completar os objetivos do grupo na Líbia, incluindo o recrutamento de membros, o estabelecimento de bases no país e o planejamento externo de ataques contra os EUA”, ressaltou Cook.
O porta-voz do Pentágono não esclareceu em que região do país ocorreu o ataque contra o dirigente do grupo jihadista, um ex-agente da polícia do Iraque também conhecido pelo nome de Wissam Najm Abd Zayd al Zubaydi, que foi enviado à Líbia no ano passado por Abu Bakr al Baghdadi, líder máximo do EI.
Segundo fontes do Departamento de Defesa citadas pelo jornal “The Washington Post”, participaram do bombardeiro caças F-15.
“Apesar de este não ser o primeiro ataque dos EUA contra terroristas na Líbia, é o primeiro bombardeio contra um líder do EI na Líbia e demonstra que os EUA perseguirão os líderes do EI onde quer que eles operem”, acrescentou Cook.
De acordo com o comunicado, “informações sugerem que Nabil pode ter sido o porta-voz no vídeo da execução de cristãos coptas” realizadas pelo EI em fevereiro na Líbia.
O Pentágono anunciou o bombardeio contra Nabil um dia depois de afirmar ter “uma certeza razoável” da morte de Mohammed Emwazi, conhecido como “Jihadi John”, um dos principais membros do EI, que teria sido alvo de um ataque aéreo americano em Al Raqqa, no norte da Síria.
Emwazi, de nacionalidade britânica, apareceu nos vídeos do EI nos quais foram mostradas as decapitações dos americanos Steven Sotloff, James Foley e Abul-Rahman Kassig, dos britânicos David Haines e Alan Henning e do japonês Kenji Goto.
Além disso, a informação do Pentágono sobre a operação militar na Líbia foi divulgada depois dos ataques terroristas ocorridos ontem em Paris, que causaram a morte de 129 pessoas e deixaram 352 feridos, segundo o procurador-geral da França.
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