EUA afirmam que sanções ao governo de Maduro buscam mudar sua conduta

  • Por Agencia EFE
  • 11/03/2015 00h30

Washington, 10 mar (EFE).- O governo dos Estados Unidos assegurou nesta terça-feira que as sanções que impôs ontem contra alguns funcionários do governo de Nicolás Maduro “não pretendem enfraquecer” o Executivo venezuelano, mas “persuadi-lo” a “mudar sua conduta” em matéria de direitos humanos.

A Administração de Barack Obama implantou e ampliou as sanções aprovadas pelo Congresso americano em dezembro do passado contra certos funcionários do governo venezuelano, dos quais identificou sete, e cujos ativos nos Estados Unidos serão congelados, além de proibir sua entrada no país.

“As alegações que estas ações são uma tentativa de enfraquecer o governo venezuelano são falsas. O objetivo destas sanções é persuadir o governo da Venezuela a mudar seu comportamento”, disse hoje a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, em sua entrevista coletiva diária.

Após as medidas adotadas pelo líder americano, que também declarou uma situação de “emergência nacional” pelo “risco extraordinário” que representa a situação do país caribenho para a segurança dos Estados Unidos, o governo de Maduro as considerou como um movimento agressivo contra sua soberania.

O presidente venezuelano qualificou as sanções de “aberrantes” e “ilegais” e felicitou os sete sancionados, todos relacionados com as forças de segurança do Estado, pelo que considera uma “condecoração imperial”.

Além disso, não duvidou também não em nomear um dos sancionados, o major-general Gustavo González López, como novo ministro do Interior, Justiça e Paz.

Embora Psaki tenha se recusado a fazer comentários diretos sobre a nomeação, lembrou que a postura do governo americano continua sendo de que Maduro “necessita passar mais tempo escutando os pontos de vista do povo venezuelano”.

“As sanções que anunciamos ontem estão dirigidas a violadores de direitos humanos e a corruptos, não ao povo venezuelano ou sua economia (…). Os EUA continuam sendo um importante parceiro comercial, são na realidade o maior parceiro comercial da Venezuela e, apesar das declarações contrárias de funcionários venezuelanos, não promovemos a instabilidade na Venezuela”, insistiu a porta-voz. EFE

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