EUA ainda não avaliam vetar viajantes de países afetados pelo ebola

  • Por Agencia EFE
  • 03/10/2014 20h58
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Washington, 3 out (EFE).- O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou nesta sexta-feira que os Estados Unidos não avaliam, “por enquanto “, proibir a entrada no país de viajantes vindos das nações da África Ocidental afetadas pelo ebola.

A “preferência” do governo, “neste momento”, é não aplicar restrições para viagens aos EUA, dado que os aeroportos na África contam com um “sofisticado” sistema de segurança para evitar que passageiros com sintomas associados ao ebola entrarem nos aviões, argumentou Earnest aos jornalistas no avião presidencial rumo a Indiana.

A resposta do governo é dirigida aos que pedem medidas mais contundentes para conter o avanço da doença, após ser confirmado o primeiro caso de ebola diagnosticado no país: Thomas Eric Duncan, da Libéria, que contraiu o ebola em seu país e agora recebe tratamento em um hospital de Dallas (Texas). Entre eles está o senador republicano Ted Cruz (Texas), que solicitou ontem à Administração Federal de Aviação adotar “todas as precauções disponíveis para evitar que casos adicionais (de ebola) cheguem aos Estados Unidos”.

Na mesma linha que Earnest, o diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) dos EUA, Thomas Frieden, se mostrou contrário à ideia de “fechar a fronteira” aos viajantes dos países africanos mais afetados pelo ebola. De acordo com ele, isso seria “contraproducente” e tornaria mais difícil ajudar esses países a controlar a doença.

O surto de ebola na África Ocidental infectou, até agora, 7.178 pessoas, com 3.338 mortes, segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o porta-voz do presidente Barack Obama, o risco de que haja um surto de ebola nos Estados Unidos é “muito baixo”.

Ontem, a rede de televisão “NBC” anunciou que trará de volta em voos privados sua equipe da Monróvia (Libéria), após um de seus cinegrafistas ser contaminado pelo vírus. EFE

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