EUA anunciam apoio logístico e de inteligência para a operação no Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 26/03/2015 00h13

Washington, 25 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou nesta quarta-feira o apoio logístico e de inteligência à intervenção militar árabe lançada por cinco países do Golfo Pérsico contra o movimento rebelde xiita dos houthis, que avança rumo ao sul do Iêmen após controlar sua metade setentrional.

“Embora as forças americanas não tenham uma ação militar direta, estamos estabelecendo uma célula de planejamento conjunta com a Arábia Saudita para coordenar o apoio da inteligência e logístico americano”, explicou em comunicado a porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, Bernadette Meehan.

“Ao mesmo tempo, vigiamos de perto a ameaça da Al Qaeda na Península Arábica e continuaremos atuando se for necessário para conter as ameaças iminentes contra os Estados Unidos e seus cidadãos”, acrescentou.

Além disso, os Estados Unidos pediram mais uma vez aos houthis que ponham fim a suas “ações militares desestabilizadoras” e voltem às negociações como parte do diálogo político.

O anúncio dos EUA acontece pouco depois de aviões de combate sauditas bombardearem várias posições militares dos houthis em diferentes pontos do Iêmen para tentar frear o avanço de suas milícias em direção à cidade sulina de Áden, onde estava baseado o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, informaram à Agência Efe fontes militares.

Este ataque ocorre pouco após Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Catar e Bahrein decidirem responder ao pedido de Hadi de atuar militarmente para conter o avanço militar dos rebeldes houthis, que hoje chegaram às portas de Áden.

“Nossos países decidiram responder ao pedido do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, de proteger o Iêmen e seu povo do ataque das milícias houthis que foram e continuam sendo uma ferramenta nas mãos de uma força estrangeira”, asseguraram em comunicado conjunto divulgado pela agência oficial saudita “SPA”.

Em dita mensagem, os cinco países, membros do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (CCG), insistiram em que “o golpe de Estado” dos houthis e seu avanço representam uma ameaça para a segurança e a estabilidade do Iêmen e da região, assim como para a “paz e a segurança internacional”.

Além disso, acusaram veladamente o Irã de respaldar os houthis com o “objetivo de exercer sua hegemonia sobre o Iêmen e transformá-lo em base para exercer sua influência sobre a região”. EFE

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