EUA aplaude a libertação de presos políticos em Cuba

  • Por Agencia EFE
  • 09/01/2015 17h07
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(Atualiza com declarações do porta-voz da Casa Branca)

Washington, 9 jan (EFE).- O governo dos Estados Unidos aplaudiu nesta sexta-feira a “substancial” libertação de presos políticos em Cuba que está sendo realizada pelo Executivo da ilha em meio à retomada das relações entre ambos os países.

“Os Estados Unidos dão as boas-vindas à libertação substancial de prisioneiros que está em andamento em Cuba. É bom ver as pessoas se reunirem com suas famílias”, disse o assessor da Casa Branca Ben Rhodes em sua conta no Twitter.

O porta-voz adjunto da Casa Branca, Eric Schultz, considerou que a libertação dos presos é “condizente” com as promessas feitas pelo governo cubano e afirmou que resultam um “sinal tangível” de que estão cumprindo com sua palavra.

Pelo menos 38 presos políticos foram libertados na ilha desde a quarta-feira passada, segundo informaram nesta sexta-feira fontes da dissidência interna, enquanto o governo cubano ainda não se pronunciou sobre o processo de libertação.

Os dissidentes atribuem as libertações à lista de 53 presos políticos que, segundo Washington, o governo de Cuba se comprometeu a libertar como parte do acordo de restabelecimento de relações com os EUA anunciado em 17 de dezembro de 2014. Ainda não foi divulgada a relação de presos que serão indultados.

No fim de janeiro, a secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson, viajará para Cuba à frente de uma delegação de funcionários americanos para a próxima rodada de diálogo migratório. Essa será a primeira missão de alto nível dos EUA à ilha desde a ruptura de relações em 1961.

O presidente americano, Barack Obama, buscava uma aproximação com Cuba desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2009 e, em abril desse ano anunciou a eliminação de algumas restrições para viajar e enviar remessas à ilha.

Mas a prisão do funcionário terceirizado do governo americano Alan Gross em dezembro de 2009, em Havana, e a posterior condenação por atividades subversivas, algo que Washington sempre considerou injusto, se tornou um “grande obstáculo” para o objetivo de avançar rumo a uma normalização da relação.

A libertação de Gross foi um dos primeiros passos dados por Cuba para avançar na aproximação entre os dois países, que incluiu, em primeira instância, a entrega de três espiões cubanos, do Grupo dos Cinco, que ainda estavam presos nos EUA. EFE

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