EUA apoiam acordo dos candidatos afegãos para formar governo de unidade
Washington, 21 set (EFE).- Os Estados Unidos “aplaudiram” o acordo assinado neste domingo pelos candidatos à presidência do Afeganistão, Abdullah Abdullah e Ashraf Gani, que garantirá a formação de um governo de união nacional.
“A assinatura deste acordo político ajuda a encerrar a crise política no Afeganistão e restaura a confiança”, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em comunicado, pouco depois que o pacto foi selado na capital Cabul.
“Apoiamos o acordo e estamos dispostos a trabalhar com o próximo governo para garantir seu sucesso”, acrescentou o porta-voz em relação ao Executivo que terá tanto Gani como Abdullah ocupando cargos de responsabilidade.
Segundo a Casa Branca, “o acordo marca uma grande oportunidade para a unidade e o aumento da estabilidade no Afeganistão”.
Gani e Abdullah assinaram em cerimônia realizada ao meio-dia (horário local) no palácio do presidente em fim de mandato, Hamid Karzai, o acordo que põe fim à crise eleitoral após três meses de disputas.
Gani ocupará o posto de presidente, enquanto Abdullah será o chefe do Executivo, um cargo criado para acabar com a paralisia.
Em comunicado, a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, felicitou o presidente eleito Gani e parabenizou os dois líderes por terem trabalhado em prol de um governo de união nacional.
A porta-voz garantiu que esse governo de unidade “pode agora utilizar seu sólido e crível mandato” para iniciar reformas, melhorar a vida dos afegãos e deter a ameaça talibã.
“Apesar das disputas e reservas dos candidatos sobre o processo eleitoral, os dois entraram em um acordo pelo bem do país para acabar com está incerteza danosa e se submeteram ao resultado das urnas”, explicou Jen Psaki, que reconheceu que muitas irregularidades eleitorais ficaram sem ser esclarecidas, mas “o resultado do processo eleitoral é legítimo”.
A porta-voz agradeceu Karzai por sua “liderança” durante 13 anos no poder.
Os EUA trabalharam contra o tempo para conseguir um governo estável no Afeganistão que finalmente vai assinar o acordo bilateral de segurança para manter uma presença militar americana no país quando for concluída a missão multinacional da Otan no final deste ano.
Após o fim da guerra mais longa da história americana (2001-2014), os Estados Unidos manterão 9,8 mil soldados no Afeganistão, que serão reduzidos progressivamente até a retirada total no final de 2016. EFE
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