EUA avaliam envio modesto de tropas para missões complexas no Iraque
Washington, 13 nov (EFE).- Os Estados Unidos estão considerando o envio de um modesto número de tropas para lutar com as forças iraquianas nas operações de maior complexidade contra o grupo Estado Islâmico (EI), afirmou nesta quinta-feira o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Martin Dempsey.
Em uma audiência no Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes, Dempsey explicou que existem missões específicas, consideradas de alta dificuldade, que podem requerer a presença de soldados americanos. Entre elas estão a recuperação da cidade de Mossul e a restauração da fronteira com a Síria.
“Não vou prever neste momento se darei esse tipo de recomendação (do envio de tropas), mas sem dúvida estamos pensando nisso”, afirmou o general no Congresso.
Na mesma audiência, o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, garantiu que a coalizão internacional contra os jihadistas obteve progressos, mas reiterou que a luta contra o EI será longa e difícil, podendo durar muitos anos.
“O EI continua representando uma séria ameaça para os interesses dos Estados Unidos, dos nossos aliados, do Oriente Médio, e exerce influência sobre um amplo território no oeste e o norte do Iraque e o leste da Síria”, indicou Hagel.
Segundo ele, foram mais de 130 ataques aéreos feitos contra o EI em ambos os países. A aliança internacional já reúne mais de 60 nações para lutar contra os jihadistas, 16 a mais do que na última visita de Hagel à Câmara dos Representantes.
No entanto, o secretário de Defesa ressaltou que os avanços na Síria estão limitados por causa da falta de apoio do presidente Bashar al Assad. No Iraque, a coalizão é amparada pelas forças militares do governo e soldados curdos.
“Não há solução puramente militar no conflito na Síria”, ressaltou o chefe do Pentágono, que insistiu na perda de legitimidade do líder sírio.
Obama anunciou na semana passada a intenção de duplicar as tropas dos EUA no Iraque para treinar e dar assessoria às forças iraquianas na luta contra os extremistas sunitas. EFE rg/lvl
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