EUA condena ataque contra seu consulado no Iraque, reivindicado pelo EI
Washington, 17 abr (EFE).- Os Estados Unidos condenaram o ataque suicida com carro-bomba contra seu consulado na cidade de Erbil, no Iraque, nesta sexta-feira, que deixou três mortos e quatro feridos, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
“Os Estados Unidos condenam o ataque em Erbil hoje, no qual uma bomba improvisada em um veículo foi detonada fora do consulado americano e provocou a perda de várias vidas inocentes”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, em comunicado.
“Estendemos nossas condolências mais profundas às famílias daqueles que foram feridos e assassinados”, acrescentou.
Segundo Harf, “todo o pessoal da missão foi localizado e não há relatórios de feridos entre o pessoal” da delegação diplomática americana.
“Apreciamos a rápida resposta a este assunto por parte das autoridades do governo regional do Curdistão e trabalharemos com eles para investigar o incidente e determinar os eventos por trás da explosão”, indicou a porta-voz.
O grupo EI reivindicou hoje a autoria do atentado, de acordo uma mensagem do grupo extremista no Twitter.
Uma fonte de segurança em Erbil garantiu hoje à Efe que não havia americanos entre as vítimas e que um dos mortos é de nacionalidade turca.
Além disso, Jalal Habib, vereador do bairro de Ainkaua, onde fica o consulado, explicou que as forças de segurança que protegiam a sede diplomática abriram fogo contra o suicida e conseguiram impedir que ele jogasse o carro contra o complexo.
Dois dos feridos são membros das forças de segurança, segundo Habib, que não informou a identidade das outras vítimas.
Um edifício próximo, onde vivem diplomatas americanos, não foi afetado pela explosão, que causou danos materiais em lojas e casas nos arredores.
O veículo explodiu perto do consulado – que estava fechado por causa do feriado hoje no Iraque – e da delegacia de Ainkaua, de onde se elevaram grandes colunas de fumaça.
O Curdistão iraquiano permaneceu em geral a salvo da violência que afeta outras partes do país, já que quase não houve atentados em nenhuma de suas três províncias.
Em novembro, quatro pessoas morreram em um ataque suicida em frente à sede do governo de Erbil, atentado também reivindicado pelo EI.
Em outro atentado isolado, ocorrido no fim de setembro de 2013, seis civis morreram e 42 ficaram feridos pela explosão de um carro-bomba perto das sedes dos serviços secretos curdo-iraquianos em Erbil.
As tropas curdas, “peshmergas”, enfrentam o EI, que em junho de 2014 tomou o controle de amplas áreas do território iraquiano vizinhas ao Curdistão.
O Departamento de Estado também condenou hoje outros dois ataques com carros-bomba no leste e no sudoeste de Bagdá, que deixaram nesta sexta-feira pelo menos 12 mortos e 58 feridos. EFE
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