EUA condena “atroz falta de respeito” à liberdade de imprensa no Egito

  • Por Agencia EFE
  • 29/01/2014 21h17

Washington, 29 jan (EFE).- O governo dos EUA condenou nesta quarta-feira o que considera uma “atroz falta de respeito” do executivo egípcio contra a liberdade de imprensa e outros direitos básicos e cobrou que a promotoria do país árabe repense a decisão de julgar 20 jornalistas da “Al Jazeera”, acusados de divulgar notícias “falsas”.

“A perseguição de jornalistas e outros atores pelo governo (egípcio) com base em argumentos falsos é injusta e demonstra uma atroz falta de respeito à proteção dos direitos e liberdades fundamentais”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, em entrevista coletiva.

“Estamos alarmados pelos relatórios de hoje que mais jornalistas enfrentam acusações, incluídos os da “Al Jazeera”. Qualquer jornalista, seja qual for sua afiliação, não deve ser alvo de violência, intimidação ou ações legais politizadas”, acrescentou.

A Procuradoria Geral do Egito ordenou hoje a mudança, para uma corte penal, do caso contra 20 jornalistas do canal “Al Jazeera”, entre eles quatro estrangeiros, acusados de divulgar notícias falsas para fazer crer que no Egito há “uma guerra civil que ameaça colapsar o Estado”.

“Urgimos categoricamente o governo egípcio a reconsiderar a detenção e o julgamento destes jornalistas e reiteramos que deve conceder todas as garantias do devido processo estabelecidops pela legalidade” internacional, continuou Psaki.

A porta-voz destacou que a “falta de liberdade de expressão e de imprensa” no Egito é um problema que há muito tempo afeta o país e lembrou ao governo interino “a necessidade de criar uma atmosfera que permita que todos os egípcios possam exercer seus direitos sem medo de intimidação, repercussão ou detenção”.

“Isso é essencial em qualquer transição sustentável”, alegou. EFE

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