EUA criticam lentidão da Síria na entrega de seu arsenal químico
Washington, 30 jan (EFE).- O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, criticou nesta quinta-feira que o governo sírio esteja demorando mais que o previsto a entregar aos inspetores seu arsenal químico, que deveria ser destruído antes do final de junho.
Após sua chegada à Polônia, onde Hagel quer tratar com este aliado da Otan temas de segurança, o chefe do Pentágono assegurou que desconhece os motivos por trás do atraso.
“Não sabemos se é incompetência ou quais as razões do atraso na entrega do material”, declarou.
A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) está encarregada pelas Nações Unidas de verificar independentemente o arsenal químico de Damasco e começar seu transporte até o porto sírio de Latakia, onde deve ser embarcado em navios para ser transferido posteriormente a controle americano para sua neutralização.
Até o momento saíram de Latakia dois envios de armas químicas, um em 7 de janeiro e outro nesta semana, que se consideram ainda um primeiro passo para tirar do país as 1.300 toneladas de armamento químico.
O diretor-geral da OPAQ, Ahmet Uzumcu, transmitiu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sua preocupação pelo lento andamento na transferência do armamento químico.
“Nos unimos à OPAQ para pedir ao regime de (Bashar Al) Assad que intensifique seus esforços para assegurar que suas obrigações e compromissos internacionais se cumpram, de modo que esses materiais possam ser removidos da Síria da forma mais rápida e segura possível”, comentou hoje o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
É “responsabilidade” do regime de Assad transportar o arsenal químico “de forma segura” para proceder sua destruição, acrescentou Carney.
O plano estipulado entre Rússia, Estados Unidos e Síria é que o arsenal químico sírio saia do porto de Latakia e seja transferido em um porto do sul da Itália ao navio americano Cape Ray, onde será realizada a neutralização do material.
Posteriormente, os resíduos serão tratados por empresas privadas escolhidas pela OPAQ. EFE
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