EUA e Afeganistão revisarão plano de retirada de tropas americanas

  • Por Agencia EFE
  • 21/02/2015 09h49
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Cabul, 21 fev (EFE).- Estados Unidos e Afeganistão devem revisar o plano de retirada de tropas americanas devido à situação do país asiático, disse neste sábado em Cabul o secretário de Defesa americano, Ashton Carter.

A revisão da retirada deverá ser discutida pelos presidentes dos EUA, Barack Obama, e do Afeganistão, Ashraf Gani, em uma visita do dirigente afegão a Washington no próximo mês, informou o novo chefe do Pentágono em entrevista coletiva ao lado do líder afegão.

“Os Estados Unidos revisarão a retirada de tropas do Afeganistão considerando as realidades no terreno”, declarou Carter, indicando que o número de soldados será decidido por ambos presidentes durante a visita.

O responsável de Defesa declarou que os EUA manterão um número suficiente de militares em tarefas de formação e assessoria, após o exército e a polícia afegãs assumirem o comando dos combates contra os insurgentes.

“Completamos com sucesso o processo de transição da segurança”, declarou Gani.

O presidente afegão ressaltou que “as tropas americanas hoje não têm uma missão de combate, se retiraram do país com honra e agora estamos em um novo capítulo de cooperação com os EUA focado em treinamento, assessoria e assistência de tropas afegãs”.

“Nossas tropas enfrentaram vários desafios durante os últimos quatro meses, mas os superaram com sucesso”, acrescentou.

O novo secretário de Defesa dos EUA chegou a Cabul para visitar tropas de seu país e reunir-se com autoridades afegãs em sua primeira visita ao exterior apenas quatro dias após assumir o cargo.

A visita de Carter acontece em um momento em que a violência recrudesceu no país asiático e o governo afegão iniciou conversas sobre um hipotético processo de paz, embora tenha negado negociações com os talibãs.

O Afeganistão atravessa um de seus piores momentos, já que em 2014 se registraram 3.700 mortos e 7.000 feridos entre a população civil, segundo dados das Nações Unidas.

A violência insurgente foi aumentando paulatinamente à medida que se aproximava o final de 2014, quando a Otan pôs ponto final em sua missão de combate no país.

Essa missão foi substituída a partir de 1º de janeiro deste ano pela operação “Apoio Decidido”, que mantém cerca de 4.000 militares em tarefas de capacitação e assistência às tropas afegãs.

Os EUA, por sua parte, também reduziram sua presença militar no Afeganistão, onde têm quase 11.000 soldados. EFE

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