EUA e Irã discutem dossiê nuclear e ameaça do EI

  • Por Agência EFE
  • 21/09/2014 20h56
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Yavad Zarif, mantiveram neste domingo uma reunião na qual discutiram o estado das negociações internacionais nucleares com Teerã e a ameaça representada pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI).

O encontro, realizado no hotel Waldorf Astoria de Nova York, se prolongou durante mais de uma hora, segundo uma fonte americana.

Primeiro, Kerry e Zarif se reuniram a sós, mas depois se juntaram às discussões o subsecretário de Estado, William Burns, e a encarregada de Assuntos Políticos, Wendy Sherman, por parte de EUA, e os vice-ministros Majid Takht Ravanchi e Abbas Araghchi, do lado iraniano.

Na reunião as partes revisaram os progressos conseguidos nas negociações nucleares entre o G5+1 e o Irã e o trabalho que falta para se chegar a um acordo.

Kerry, segundo a mesma fonte, ressaltou que esta semana representa uma oportunidade para novos avanços e destacou a vontade americana para conseguir resultados.

Além disso, os dois dirigentes concordaram em fazer outras reuniões ao longo da semana.

Nos últimos dias, representantes do G5+1 e iranianos mantiveram reuniões de diferentes níveis em Nova York com o objetivo de fechar um possível acordo no prazo máximo de dois meses.

Está previsto que as conversas continuem durante a próxima semana, quando grande parte dos líderes mundiais estarão em Nova York para a Assembleia Geral da ONU.

Entre eles, está confirmada a presença do presidente dos EUA, Barack Obama, e de seu colega iraniano, Hassan Rohani, mas, por enquanto, não está previsto um encontro entre ambos.

Hoje, além de tratar das negociações nucleares, Kerry e Zarif falaram sobre a ameaça do EI, depois que na sexta-feira passada o chefe da diplomacia americana pediu que o Irã se juntasse aos esforços internacionais para combater o grupo jihadista.

“Há um papel para quase todos os países do mundo, inclusive o Irã”, disse Kerry em um discurso no Conselho de Segurança da ONU.

No entanto, o Irã descartou, até o momento, a possibilidade de fazer parte da campanha de ataques aéreos iniciada pelos EUA e acusou Washington de trabalhar para manter sua presença militar na região.

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