EUA emite novas recomendações para evitar transmissão sexual do zika

  • Por Efe
  • 25/03/2016 20h06
Pequena Manuelly EFE/ Antonio Lacerda Imagens de zika

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos emitiram novas recomendações para evitar a transmissão do zika vírus nesta sexta-feira, desta vez dirigidas aos casais que pretendem ter filhos.

Em versão revisada do guia que a agência federal emitiu semanas atrás, os CDC recomendaram às mulheres diagnosticadas com o vírus esperar pelo menos oito semanas desde que apareceram os primeiros sintomas antes de tentar engravidar.

No caso dos homens, o prazo se estende até seis meses, pois as últimas pesquisas científicas descobriram que o vírus pode permanecer ativo no sêmen por até 62 dias.

Tanto aos homens e mulheres que não apresentarem sintomas, mas que tenham estado expostos a um possível contágio do zika, os CDC recomendaram esperar por precaução um prazo mínimo de oito semanas antes de buscar a gravidez.

A agência federal define como uma “possível exposição ao zika” os casos em que um viajante resida ou tenha estado em uma área ou país onde o vírus esteja ativo, ou que tenha mantido contato sexual sem preservativo com outra pessoa que resida ou provenha de uma dessas regiões.

Os CDC costumam atualizar suas recomendações, que abrangem profissionais da saúde, perante a confirmação de que o vírus também se propaga através do contato sexual, o que reforça a necessidade do uso do preservativo.

Dos 273 casos diagnosticados até esta semana nos EUA, seis deles foram transmitidos por via sexual e 19 correspondem a mulheres grávidas.

A agência federal enfatizou o caso de Porto Rico, onde até o momento foram confirmados 317 casos transmitidos, e principalmente a dificuldade para ter acesso a métodos anticoncepcionais por parte das mulheres em idade reprodutiva.

Os CDC exigiram nesta semana que os profissionais da saúde tomem medidas de precaução para evitar que se contagiem com o zika vírus no momento do parto, apesar de por enquanto não ter sido reportada a transmissão do vírus de um paciente infectado para um profissional.

Apesar de o zika ser transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti, foi detectada a presença do vírus em fluidos corporais como urina, sangue, líquido amniótico e saliva, o que pode representar segundo as autoridades o risco “teoricamente possível” de transmissão, embora até agora não tenha sido comprovado.

De acordo com a agência federal, o surto do zika foi descoberto no Brasil, em maio de 2015, e desde então foram reportados casos nos Estados Unidos e em 31 países latino-americanos.

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