EUA estudam impor sanções a funcionários venezuelanos

Washington, 4 mar (EFE).- O governo americano está considerando impor sanções a alguns funcionários venezuelanos que considera culpados da repressão dos protestos nesse país, segundo confirmaram nesta terça-feira à Agência Efe fontes do Partido Democrata.

As fontes citaram declarações da presidente do Comitê Nacional Democrata, Debbie Wasserman Schultz, segundo as quais o governo de Barack Obama está “considerando a imposição de sanções a funcionários venezuelanos culpados da repressão nesse país e que têm contas bancárias e viajam aos Estados Unidos”.

Wasserman Schultz, representante pela Flórida, se reuniu na segunda-feira com um grupo de líderes da comunidade latina do sul desse estado para discutir a atual crise na Venezuela junto com o representante Joe García, um dos maiores críticos do governo venezuelano no Congresso americano.

“Deveria haver sanções contra esses indivíduos. (…) O governo está estudando isso”, reiterou Wasserman Schultz após falar com um funcionário de alto nível do Departamento de Estado.

“A reunião de hoje é parte de nosso trabalho contínuo com a comunidade venezuelana local, que desempenhou um papel vital no apoio ao povo venezuelano e alimentou a consciência nacional com esta crise em um momento em que as vozes de seus irmãos são caladas injustamente”, disse García na segunda-feira.

Na semana passada o senador democrata Bob Menéndez e o republicano Marco Rubio apresentaram uma resolução para rejeitar “a repressão violenta das manifestações pacíficas na Venezuela” e solicitar a Obama que imponha sanções contra o governo de Nicolás Maduro.

Em reunião posterior com a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, o secretário de Estado americano, John Kerry, considerou razoáveis os pedidos do Congresso em relação à imposição de sanções, e não descartou essas medidas, embora tenha optado por dar prioridade a um processo de mediação para o diálogo entre o governo e a oposição na Venezuela.

A representante republicana pela Flórida Ileana Ros-Lehtinen também planeja enviar uma carta ao presidente Obama solicitando a imposição de sanções unilaterais para resistir à “repressão” dos protestos na Venezuela.

Segundo dados oficiais, 18 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas desde o dia 12 de fevereiro em incidentes relacionados com os protestos. EFE