EUA exigem à Rússia evidências concretas de solução diplomática na Ucrânia
Washington, 10 mar (EFE).- Os Estados Unidos reiteraram nesta segunda-feira que a Rússia deve mostrar “evidências concretas” que está preparada para se reunir com o novo governo ucraniano, se quer avançar no processo de redução das tensões na Ucrânia.
“Achamos que tem que haver uma evidência concreta que a Rússia está preparada para envolver-se nestas discussões diplomáticas de maneira séria”, afirmou Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado em sua entrevista coletiva diária.
Psaki reconheceu que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, tinha conversado no sábado por telefone com o chanceler russo, Sergei Lavrov, sobre um possível encontro com o presidente Vladimir Putin em território russo, mas acrescentou que a Rússia devia mostrar-se comprometida com uma solução diplomática primeiro.
Entre as condições propostas por Washington constam a entrada de observadores internacionais na Crimeia, a península ucraniana de maioria pró-russa onde se encontram milhares de soldados russos e que prevê realizar no próximo domingo um referendo para anexar-se à Rússia, e que Washington já qualificou de ilegal.
Para que aconteça esse encontro “temos claros os passos que os russos deveriam dar”, disse Jen Psaki.
Um desses passos é a disponibilidade de Moscou de reunir-se com o novo governo da Ucrânia, algo que, por enquanto, a Rússia rejeitou por não reconhecer o novo Executivo de Kiev, após a saída do ex-presidente Viktor Yanukovich, que deixou o país no final de fevereiro.
Na semana passada Kerry viajou para Kiev, Paris e Roma para tentar conseguir que a Ucrânia e a Rússia aceitassem sentar-se para conversar, sem que por enquanto tenha tido êxito.
Por sua parte, o primeiro-ministro do novo governo ucraniano, Arseni Yatseniuk, viajará para Washington nesta quarta-feira para se reunir com o presidente americano, Barack Obama. EFE
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