EUA impõem sanções a ex-primeiro-ministro da Ucrânia
Washington, 11 mar (EFE).- Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira novas sanções a uma entidade financeira russa, uma organização política e 14 pessoas, entre eles o ex-primeiro-ministro da Ucrânia Mykola Azarov por seu papel no conflito no leste do país.
As sanções congelam os bens dos envolvidos e impedem qualquer entidade financeira dos Estados Unidos de fazer negócios com os indivíduos ou instituições sancionados.
“Desde o início desta crise, mostramos que vamos impor custos aos que violam a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, disse o subsecretário interino para Terrorismo e Inteligência Financeira do Departamento do Tesouro dos EUA, Adam Szubin, em comunicado.
Entre os sancionados também há dois membros do alto escalão do governo da Ucrânia na época em que o presidente era Viktor Yanukovich: o ex-primeiro vice-ministro Serhiy Arbuzov e a ex-ministra da Saúde Raisa Bogatyrova, que está sendo investigada por desvio de recursos estatais “em grande escala” e a transferência ilegal destes fundos para fora do país.
O Departamento do Tesouro indicou que os sancionados foram incluídos em uma “lista negra” por serem responsáveis ou cúmplices de “ameaçar a paz, a segurança, a estabilidade, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”.
A lista também inclui oito separatistas ucranianos e um pró-separatista russo, assim como a organização União Euroasiática da Juventude, ala jovem do ultranacionalista Movimento Euroasiático russo, ao qual os Estados Unidos acusam de estar recrutando indivíduos com experiência militar para combater na Ucrânia.
São eles Roman Lyagin, que serviu como chefe da Comissão Eleitoral Central da autoproclamada República Popular de Donetsk; seu ex-“ministro da Defesa”, o comandante rebelde Serhii Zdriliuk; o ex-“ministro de Segurança”, Alexander Khodakovsky, e Aleksandr Karaman, que exerceu vários cargos no governo dessa região. Figuram ainda Ekaterina Gubareva, ex-“ministra das Relações Exteriores”, da autoproclamada República Popular de Donetsk; assim como os líderes da autoproclamada República Popular de Lugansk Serguei Abisov e Yuriy Ivakin.
Além disso, foi incluído Oleg Kozyura, chefe do Serviço Federal de Migração da Rússia em Sebastopol (Crimeia), a quem os Estados Unidos acusam da expedição sistemática e rápida de passaportes russos a habitantes da Crimeia.
Também foi sancionado o Banco Comercial Nacional Russo, ao qual o Tesouro acusa de se transferir à região da Crimeia depois que Moscou anexou esse território em 2014.
Estas sanções seguem os passos das ações empreendidas pela União Europeia e o Canadá em 16 de fevereiro, que foram prorrogadas na semana passada.
“Se a Rússia continuar apoiando as atividades desestabilizadoras na Ucrânia e violar os acordos e a aplicação do plano de Minsk (para conseguir uma solução pacífica para o conflito), os custos substanciais que já enfrenta seguirão aumentando”, advertiu Szubin. EFE
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