EUA incluem indivíduos e grupos ligados ao EI em sua lista de terroristas
Washington, 24 set (EFE).- O governo dos Estados Unidos incluiu nesta quarta-feira em sua lista de terroristas globais duas organizações extremistas ligadas ao Estado Islâmico (EI) na Síria, assim como vários indivíduos, entre eles membros do EI e da rede Al Qaeda.
As organizações são Jaish al Muhajireen wal Ansar (JAMWA), formada em 2013 por militantes chechenos, e Harakat Sham al Islam (HSI), formada em agosto de 2013 por militantes marroquinos.
As duas são responsáveis por sequestros e assassinatos na Síria onde, segundo Washington, colaboraram com o EI e com a Frente al Nusra.
Sua inclusão na lista, sob a Ordem Executiva 13224, proíbe que cidadão e empresas americanas realizem qualquer transação de negócios com eles e congela as propriedades e bens que possam possuir no país, informou o Departamento de Estado em comunicado.
Entre os dez indivíduos acrescentados a essa lista, está Amr al Absi, que em meados de julho foi eleito pelo EI como o líder da província de Homs, na região síria de Aleppo, e a quem o Departamento de Estado acusa de ter cometido sequestros.
Também se encontra o francês Salim Benghalem, membro do EI estabelecido na Síria, que “cometeu execuções em nome do grupo”, segundo o Departamento de Estado.
Em 2008, Salim foi condenado e sentenciado à prisão na França por um assassinato em 2001 e há uma ordem europeia de captura por suas atividades com o EI.
Outro nome é Mohammed Abdel Halim Hemaida Saleh, membro da Al Qaeda que Washington acusa de recrutar suicidas para serem enviados à Síria e de ter cometido ataques contra interesses americanos e israelenses.
Em maio de 2013, Hemaida Saleh foi detido no Egito por conspiração, pois planejou ataques contra embaixadas ocidentais no Cairo.
Também figura na lista o albanokosovar Lavdrim Muhaxheri, um dos combatentes estrangeiros nas fileiras do EI que em julho publicou no Facebook fotos explícitas da decapitação de um homem. Outro terrorista da região dos Balcãs é o bósnio Nusret Imamovic, que atua na Síria e acredita-se que integra as fileiras da Frente al Nusra.
Também foi incluído o líder checheno Murad Margoshvili, que opera na Síria, onde construiu uma base de treinamento terrorista para milicianos estrangeiros perto da fronteira turca.
Os EUA também colocaram na lista de procurados o saudita Muhannad al Najdi, um “facilitador” da Al Qaeda que opera na Síria, onde está desde 2013.
Além disso, Najdi deu apoio para ataques no Afeganistão e, desde 2010, esteve envolvido no desenvolvimento de artefatos explosivos improvisados (IED, sigla em inglês) para seu uso no Afeganistão e na Síria.
Já Abdessamad Fateh, também conhecido como Abu Hamza, foi incluído por ser membro de uma rede de extremistas supostamente ligados à Al-Qaeda baseada na Escandinávia, e que atualmente opera na Síria.
Outro dos terroristas é Abd al Baset Azzouz, que esteve no Afeganistão, Reino Unido e Líbia, país para onde foi enviado em 2011 pelo líder da Al Qaeda, Ayman al Zawahiri, para formar uma força de combate e mobilizar cerca de 200 militantes.
Também se destaca Maalim Salman, eleito pelo falecido líder do Al Shabab, Ahmed Abdi aw Mohammed (também conhecido como Godane), como chefe dos combatentes estrangeiros dessa milícia islamita somali.
Salman é acusado de ter relação com ataques contra turistas, centros de lazer e igrejas na África.
O anúncio aconteceu hoje pouco depois que o Tesouro impôs sanções econômicas contra outras pessoas envolvidas em atividades de financiamento, de fornecimento de material e de envio de “combatentes estrangeiros” para organizações na Síria e no Iraque. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.