EUA intensificam campanha na véspera das eleições legislativas

  • Por Agencia EFE
  • 03/11/2014 18h21
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Raquel Godos.

Washington, 3 nov (EFE).- Republicanos e democratas intensificaram nesta segunda-feira a campanha eleitoral nos Estados Unidos antes do pleito legislativo de amanhã, marcado por uma disputa pelo controle do Senado que determinará os dois últimos anos de mandato do presidente Barack Obama.

Os seis assentos que os conservadores precisam para arrebatar o controle da câmara alta dos democratas e conquistar assim a totalidade do Congresso, monopolizam os cálculos e estratégias dos dois partidos que espremem as últimas horas de campanha em estados-chave como Colorado e Iowa.

Consciente do poder das minorias em seu estado, especialmente os latinos, o senador democrata pelo Colorado, Mark Udall, começou hoje seus atos de campanha dirigindo-se aos hispânicos e acompanhado por pesos pesados de seu partido para essa comunidade, que ali representa 12% do eleitorado.

O ex-secretário de Interior, Ken Salazar, e o representante por Illinois e um dos maiores líderes democratas na defesa dos direitos dos imigrantes, Luis Gutiérrez, foram a Denver para acompanhar Udall no sprint final e tentar mobilizar os eleitores latinos.

O democrata protagoniza junto com o republicano Cory Gardner uma das batalhas mais acirradas do pleito de amanhã, de cujo resultado muitos dizem que dependerá o perfil definitivo do Senado.

Embora desde o começo da campanha os prognósticos sejam favoráveis aos conservadores, as últimas pesquisas são ainda mais otimistas para eles, outorgando-lhes além das vitórias seguras em Montana, Dakota do Sul e Virgínia Ocidental, muitas chances de êxito em Arkansas, Louisiana e no próprio Colorado.

Apesar das previsões não serem muito favoráveis para os democratas, o certo é que a disputa ainda está aberta graças a um punhado de estados nos quais as enquetes apresentam resultados muito acirrados que ainda alimentam suas esperanças.

Tanto Obama, que quase não apareceu nos atos de campanha devido a seus baixíssimos níveis de popularidade, como o vice-presidente Joe Biden consideraram hoje que seu partido será capaz de manter o controle do Senado, embora seja por uma margem mínima.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnst, explicou nesta segunda-feira em entrevista coletiva que a convicção de ambos se baseia em que os democratas têm “um argumento muito forte” a seu favor se os eleitores forem às urnas movidos pela “questão central” desta campanha, que é “apoiar o candidato que está brigando pelas políticas que beneficiam às famílias de classe média”.

No entanto, animados pelas análises quase unânimes dos especialistas sobre sua vitória final, os republicanos continuam muito seguros em relação aos resultados.

O líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell – que, além de buscar sua reeleição nesta terça-feira por Kentucky, aspira ser o líder da câmara alta se seu partido alcançar a maioria -, assegurou hoje que “a vitória está no ar” e prometeu desmantelar a agenda política de Obama logo após o final da apuração.

“Necessitamos parar esta gente e isto vai começar amanhã pela noite”, garantiu o senador conservador, que insistiu que as eleições de amanhã são “um referendo de aprovação” sobre a gestão do presidente.

Além do controle do Senado, do qual se elegerá um terço no pleito desta terça-feira, os Estados Unidos também renovarão a totalidade dos 435 representantes da câmara baixa, 36 governos estaduais e realizará diversos plebiscitos. EFE

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