EUA não têm “informação crível” sobre quem está por trás de ataques de Paris

  • Por Agencia EFE
  • 11/01/2015 13h29

Washington, 11 jan (EFE).- O governo dos Estados Unidos não possuem “informação crível” qe garanta que a rede terrorista Al Qaeda ou o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) estão por trás dos ataques ocorridos em Paris esta semana contra a revista “Charlie Hebdo” e um supermercado kosher.

A informação foi dada pelo procurador-geral americano, Eric Holder, em entrevista ao programa da emissora ABC “This Week”.

“Não temos nenhuma informação crível que nos permita determinar que organização foi responsável. Acho que é evidente que elas organizações representam uma ameaça para os Estados Unidos, assim como para seus aliados”, afirmou Holder, entrevistado direto de Paris, para onde viajou para participar de reuniões e da manifestação de hoje.

Uma ramo da Al Qaeda no Iêmen disse ter ordenado o ataque à revista satírica, enquanto um dos homens identificados na tomada de reféns do supermercado kosher aparece em outro vídeo publicado na internet prometendo lealdade ao EI.

Questionado sobre a existência de possíveis células terroristas dormentes na França vinculadas aos atentados, o procurador-geral americano não quis entrar em detalhes por se tratar de uma investigação em andamento e que está sendo coordenada pelo serviços franceses.

Holder disse ainda que até que a origem e a organização dos ataques seja esclarecida, os Estados Unidos não poderão calibrar de que modo tomarão medidas a respeito.

“Trocamos informação. Hoje tivemos uma boa reunião com ministros do Interior de toda Europa. Há uma reunião agora dos líderes mundiais. Vou me reunir com o presidente da França”, detalhou Holder em referência à colaboração internacional para combater a ameaça terrorista.

“Uma das coisas que certamente deixamos claro nestes encontros é que há mais necessidade de compartilhar informação para derrubar barreiras, compartilhar informação sobre as ameaças das quais possamos estamos cientes. Uma nação não pode esperar sozinha, por si mesma, prevenir o terrorismo, inclusive dentro de suas próprias fronteiras”, acrescentou. EFE

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