EUA nomeiam veterano do FBI como diretor interino de agência antidrogas

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h43

Washington, 13 mai (EFE).- O governo dos Estados Unidos nomeou nesta quarta-feira como diretor interino da Agência Antidrogas Americana (DEA) o veterano agente do FBI, Chuck Rosenberg, após a renúncia de sua diretora pelos escândalos de agentes com prostitutas na Colômbia.

Rosenberg, até agora chefe de gabinete do diretor do Birô Federal de Investigações (FBI), se encarregará temporariamente de substituir Michele Leonhart, que recebeu duras críticas tanto de republicanos como de democratas após a publicação em março de um relatório que revela que vários agentes da DEA participaram de “festas sexuais” com prostitutas.

Este relatório, de 139 paginas e divulgado pelo órgão de controle do Departamento de Justiça, acusa os agentes de ter posto em perigo a segurança nacional ao realizar “festas sexuais”, supostamente pagas com o dinheiro do narcotráfico.

Leonhart deixou a DEA no mês passado, após oito anos no cargo, depois que 13 democratas e nove republicanos da Câmara dos Representantes assinaram uma declaração bipartidária pedindo sua demissão por não ter imposto sanções suficientemente duras aos agentes.

A indicação do novo responsável da DEA é responsabilidade do presidente dos EUA, Barack Obama, mas a confirmação depende do Congresso, hoje com maioria da oposição republicana.

“Não posso pensar em uma pessoa melhor para liderar esta agência histórica”, destacou em comunicado a procuradora-geral dos EUA, Loretta E. Lynch, que descreveu Rosenberg como um líder excepcional com “uma integridade inquebrantável”.

Como chefe de gabinete do diretor do FBI, James B. Comey, o novo diretor interino da agência antidrogas trabalhou em estreita colaboração com altos funcionários do FBI em temas de contraterrorismo, inteligência e crime eletrônico, segundo a nota.

No relatório sobre as “festas sexuais”, o Departamento de Justiça não especificou o país no qual estas foram realizadas, mas um funcionário do governo citado pela imprensa local afirmou que se tratava da Colômbia.

Em 2012, a Colômbia foi cenário de outro escândalo com prostitutas, protagonizado por agentes do Serviço Secreto americano, pouco antes que Obama chegasse a Cartagena para participar da Cúpula das Américas. EFE

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