EUA oferecem apoio ao governo do Iraque após ofensiva jihadista em Mossul

Washington, 11 jun (EFE).- O governo dos Estados Unidos ofereceu nesta quarta-feira seu apoio ao Iraque após a ofensiva jihadista e o sequestro de diplomatas turcos na cidade de Mossul, incidentes que foram condenados de maneira enérgica, informou a Casa Branca.

“Apoiaremos os líderes iraquianos de todos os espectros políticos enquanto estabelecem a união nacional necessária para vencer os radicais do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS, sigla em inglês)”, disse em comunicado o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Os EUA proporcionarão toda a assistência ao governo do Iraque prevista no acordo estratégico assinado pelos dois países no final da invasão americana no Iraque, iniciada em 2003.

A ajuda para combater o ISIS incluiu até agora a entrega de 300 mísseis Hellfire, munição para tanques e pequenas armas, metralhadoras, granadas, rifles M16 e M4, entre outros, às Forças de Segurança iraquianas, segundo a Casa Branca.

Os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante tomaram o controle de Mossul, a segunda maior cidade do país, e de Tikrit, berço do falecido ditador Saddam Hussein.

Vários grupos jihadistas, entre os quais se destaca o ISIS, continuaram na quarta-feira seu avanço tomando Tikrit após um confronto com as Forças Armadas iraquianas, que se retiraram da cidade.

A origem do ISIS é o chamado Estado Islâmico do Iraque, uma aliança de organizações radicais nascida sob os auspícios da Al Qaeda em território iraquiano em outubro de 2006, durante a ocupação americana.

Em abril de 2013, o Estado Islâmico do Iraque acrescentou “e do Levante” ao seu nome e anunciou que começaria a operar também na Síria, o que colocou o grupo em rota de colisão com a cúpula da Al Qaeda, que pede que o grupo limite suas ações ao Iraque.

O objetivo do ISIS, considerado ainda mais radical que a Al Qaeda, é criar um emirado islâmico na Síria e no Iraque. EFE