EUA pagarão mais de US$ 3 milhões a funcionário libertado por Cuba
Miami (EUA), 24 dez (EFE).- O governo dos Estados Unidos pagará US$ 3,2 milhões ao funcionário terceirizado americano Alan Gross, libertado na semana passada após permanecer cinco anos preso em Havana por atividades subversivas, informaram nesta quarta-feira vários meios de comunicação locais.
“A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e a empresa privada Development Alternatives Inc. (DAI) fecharam um acordo esta semana para resolver as reivindicações pendentes perante a Junta Civil de Apelações Contratuais em virtude de um contrato de reembolso de custos”, afirma um comunicado da agência divulgado ontem.
“O acerto, estipulado no início de novembro, exige o pagamento pela USAID das reivindicações imprevistas sob o contrato de reembolso de custos, incluídas as relacionadas com o Sr. Alan Gross”, acrescenta o comunicado que não detalha a soma.
No entanto, a USAID deixou bem claro na nota de imprensa que o pagamento do acordo “evita o custo, a duração e os riscos de futuros procedimentos, e não constitui uma admissão de responsabilidade de nenhuma das partes”.
Gross, de 65 anos, chegou aos Estados Unidos poucas horas depois que a Casa Branca confirmou que o governo de Cuba lhe tinha posto em liberdade “por razões humanitárias”.
Em dezembro de 2009, quando trabalhava como funcionário da empresa DAI, com sede em Maryland e contratada para a realização de tarefas para USAID, foi detido sob a acusação de realizar atividades subversivas.
Em 12 de março 2011 foi condenado a 15 anos de prisão por “ações contra a integridade territorial do Estado”, ao participar em um “projeto subversivo do governo dos Estados Unidos” encaminhado a “destruir” a revolução com sistemas de comunicações ilegais.
Gross recorreu da sentença perante a Corte Suprema, que revisou o caso em 22 de julho, mas esta corte desprezou a apelação e ratificou a sentença de 15 anos de prisão em 5 de agosto de 2011. EFE
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