EUA pedem que americanos deixem Líbia imediatamente por causa de violência
Washington, 27 mai (EFE).- O Departamento de Estado dos EUA emitiu nesta terça-feira um alerta de viagem em que pede que os cidadãos americanos deixem a Líbia “imediatamente” e evitem qualquer viagem por causa da crise política e de segurança que a nação norte-africana atravessa.
Em consequência da situação “instável e imprevisível” na Líbia, os Estados Unidos reduziram o tamanho da equipe na embaixada em Trípoli e só pode oferecer serviços de emergência “muito limitados” aos cidadãos americanos que residem no país, indicou o alerta de viagem.
A Líbia atravessa uma profunda crise política e de segurança desde o último dia 16, quando o general reformado Jalifa Hafter protagonizou um levante armado na cidade de Benghazi.
No alerta, o Departamento de Estado explicou que os cidadãos americanos na Líbia correm o risco de serem vítimas de sequestros, ataques violentos e assassinatos. “Vários grupos extremistas lançaram ameaças específicas contra os cidadãos e interesses americanos na Líbia”.
“O governo líbio não foi capaz de melhorar a segurança depois da revolução de 2011. Muitas armas militares continuam nas mãos de particulares, inclusive armas que podem ser usadas contra a aviação civil”, detalhou o alerta.
Desde a queda do regime de Muammar Kadafi, Benghazi foi palco de vários assassinatos e atentados e, embora a maior parte tenha sido contra membros das forças de segurança, também ativistas políticos, juízes e jornalistas foram alvo de ataques.
O general reformado Jalifa Hafter responsabiliza as milícias islamitas e os grupos terroristas islâmicos pela onda de assassinatos no leste do país, e o ataque dele e de grupos fiéis em 16 de maio suscitou uma profunda crise política na Líbia e fez saltar os alertas de vários países que temem um eventual colapso do sistema político líbio. EFE
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