EUA pedem que China permita comemoração de massacre da Praça da Paz Celestial

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2015 04h25

Washington, 4 jun (EFE).- O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu nesta quinta-feira um comunicado por ocasião do 26º aniversário do massacre de Praça da Paz Celestial, no qual pediu ao governo chinês que permita que aqueles que desejam possam comemorar pacificamente a data.

A diplomacia americana solicitou que a China faça “uma apuração oficial” das vítimas da Praça da Paz Celestial, já que até hoje não se averiguou o número e nome dos mortos. Além disso, pediu a libertação dos que “ainda cumprem penas” por esse acontecimento e o fim “do assédio e detenção” daqueles que querem comemorar pacificamente o aniversário.

Nesta quinta-feira completam 26 anos do massacre ocorrido no dia 4 de junho de 1989 na Praça da Paz Celestial, onde o governo chinês reprimiu com violência um movimento estudantil dissidente, causando várias mortes, que alguns estimam em centenas, até milhares de pessoas.

“Apesar de a China ter alcançado um grande progresso social e econômico desde 1989, ainda nos preocupa que se mantenham os abusos aos direitos humanos”, apontou o Departamento de Estado.

Os EUA pediram que o governo da China “ratifique seus compromissos internacionais” para proteger os direitos humanos e as liberdades fundamentais, e acabe com “o assédio, a prisão e outros maus tratos” contra aqueles que, “de maneira pacífica”, querem justiça, querem praticar sua religião e expressar suas opiniões.

O massacre de Praça da Paz Celestial continua sendo um tema tabu para os líderes chineses, que reprimem qualquer tentativa de comemoração e de se acionar a Justiça pelo ocorrido em junho de 1989, quando o regime decidiu enviar tanques para as ruas para acabar com os maciços protestos em favor da democracia. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.