EUA pedem que Maduro pare com suas acusações sem fundamentos

  • Por Agencia EFE
  • 20/02/2015 05h10

Washington, 19 fev (EFE).- Os Estados Unidos pediram nesta quinta-feira que o governo da Venezuela pare com suas acusações “falsas e sem fundamentos” contra outros países para “desviar a atenção dos problemas reais” de seu país.

“Os problemas econômicos e políticos da Venezuela são o resultado das ações de seu governo. E o governo deveria deixar de tentar desviar a atenção sobre esses problemas e se concentrar em encontrar soluções através de um diálogo democrático entre os venezuelanos”, afirmou em comunicado a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, explicou nesta quinta-feira que sua chanceler, Delcy Rodríguez, se reuniu com os embaixadores credenciados em seu país para adverti-los sobre o suposto envolvimento do governo dos Estados Unidos em um plano de golpe de Estado para derrubá-lo.

Maduro garantiu na semana passada que tinha frustrado um plano de golpe de Estado e que um grupo de militares da força aérea venezuelana foi detido por participarem de uma conspiração que, segundo ele, teria sido “elaborada” em Washington e que também teria contado com líderes da oposição venezuelana.

Os Estados Unidos responderam dizendo que essas acusações, como outras anteriores, são “ridículas” e não têm fundamento, uma mensagem que reiterou nesta quinta-feira diante dos últimos comentários de Maduro sobre o assunto.

Washington ainda não se pronunciou sobre a prisão nesta quinta-feira do prefeito de Caracas, o opositor Antonio Ledezma, por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) na sede de seu partido.

Na semana passada, o prefeito do município Libertador, na região metropolitana de Caracas, o chavista Jorge Rodríguez, acusou Ledezma e o deputado opositor Julio Borges de serem os autores intelectuais da tentativa de golpe de Estado, segundo anúncio do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, um dia antes da realização do mesmo, no dia 12 de fevereiro.

O presidente do parlamento venezuelano, o governista Diosdado Cabello, garantiu, por sua vez, que no suposto complô, identificado como “Plano Jericó”, estavam envolvidos os opositores Ledezma, Borges, María Corina Machado e Diego Arria, ex-embaixador da Venezuela na ONU. EFE

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