EUA pedem que Maliki “respeite o processo” de transição no Iraque

  • Por Agencia EFE
  • 13/08/2014 14h46

Washington, 13 ago (EFE).- Os Estados Unidos apelaram nesta quarta-feira ao primeiro-ministro iraquiano, o xiita Nouri al-Maliki, para que “respeite o processo” de formação de um novo governo no Iraque com Haidar al Abadi à frente, perante a resistência do atual líder a abandonar o poder.

“Nossa mensagem a Maliki e aos outros líderes do Iraque é que este é o processo que cumpre com o disposto na Constituição do Iraque. Ele tem que respeitar esse processo e deixar que siga adiante”, disse o assessor adjunto de segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, em entrevista coletiva.

“Qualquer esforço para que esse processo não seja realizado ou para recorrer à violência será rejeitado não só pelos Estados Unidos, mas também pela comunidade internacional”, alertou Rhodes.

Maliki anunciou hoje que não deixará o cargo e que seu governo “não cessará e nem será substituído a menos que a Corte Suprema Federal emita uma resolução que assim o ordene”.

O novo presidente iraquiano, Fouad Massoum, encarregou no domingo passado Al Abadi da formação de um novo governo no país, uma designação que recebeu o respaldo dos Estados Unidos, a União Europeia (UE) e outros países, incluído Irã.

“(Abadi) é claramente o primeiro-ministro designado”, ressaltou Rhodes. “Este é o processo que o povo iraquiano tem que aceitar”.

“Isto não é algo imposto desde fora, é o que os iraquianos decidiram que ocorra, incluído” o bloco xiita no novo parlamento do país, acrescentou Rhodes.

Durante um breve discurso perante a imprensa na segunda-feira para anunciar seu respaldo a Al Abadi, o presidente americano, Barack Obama, não mencionou especificamente Maliki, mas pediu em termos gerais “que todos os líderes políticos do Iraque trabalhem de forma pacífica no processo político”.

Os Estados Unidos consideram Maliki parcialmente responsável pelas tensões internas entre sunitas e xiitas, e pede há meses a formação de um governo de unidade que permita resolver a crise política que vive o país desde que o levantamento jihadista no norte arrebatou o controle de boa parte do país do governo central. EFE

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