EUA rejeitam condenação a Israel do Conselho de Direitos Humanos da ONU
Washington, 23 jul (EFE).- O governo dos Estados Unidos defendeu nesta quarta-feira sua oposição à resolução aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU contra Israel por sua ofensiva militar contra a Faixa de Gaza, por considerá-la partidária.
A porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf, opinou que a resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU “é a última de uma série de ações partidárias anti-israelenses”.
Nesse sentido, reiterou o apoio dos Estados Unidos a Israel, “inclusive se isso significa apoiá-los sozinhos e acredito que foi isso que aconteceu hoje”.
Dos 47 países-membros do Conselho, a resolução foi aprovada por 29 votos, enquanto houve 17 abstenções.
O único voto contrário foi dos Estados Unidos, que consideraram o conteúdo da resolução como “destrutivo” e que a mesma não contribui em nada para o fim das hostilidades.
Além disso, o Conselho criou uma comissão para investigar os crimes e violações do direito internacional que tenham sido cometidos, o que foi fortemente rechaçado pelo Departamento de Estado porque, segundo a porta-voz, só aborda um ponto de vista.
“Não há ninguém que esteja olhando para os foguetes do Hamas. Ninguém se propôs a olhar para algo além de Israel neste caso”, disse.
Desde que Israel começou sua ofensiva militar contra a Faixa de Gaza no início deste mês, pelo menos 655 palestinos morreram, 35 israelenses e os feridos chegam a 4,3 mil, enquanto a comunidade internacional intensifica os esforços diplomáticos por conseguir um cessar-fogo. EFE
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