EUA responsabilizam Rússia pela “perigosa” situação na Crimeia
Washington, 22 mar (EFE).- A Casa Branca afirmou neste sábado que as informações do ataque de uma base militar ucraniana na Crimeia por parte das tropas russas “mostram a perigosa situação” criada por Moscou com a anexação da península.
Além disso, Laura Lucas Magnuson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, afirmou que estas ações “contradizem as declarações do presidente russo, Vladimir Putin, de que a intervenção militar da Rússia na Crimeia forneceu segurança a essa parte da Ucrânia”.
Em um breve comunicado, Magnuson reiterou que as “Forças Armadas da Rússia são diretamente responsáveis pelas baixas que suas tropas – sejam regulares uniformizados ou irregulares sem insígnias – causem nos membros dos corpos militares da Ucrânia”.
A base aérea ucraniana, localizada na cidade de Belbek, foi atacada com granadas por membros das chamadas autodefesas da Crimeia, às quais o autoproclamado governo da península, incorporado à Rússia, deu status de unidades militares, indicou a imprensa ucraniana.
A Crimeia realizou no fim de semana passado um referendo, qualificado de “ilegal” pelos EUA e pela União Europeia, no qual foi aprovada por arrasadora maioria a adesão da península à Rússia.
As tensões entre Washington e Moscou se intensificaram nesta semana com a imposição de sanções e proibição de viagem mútuas a congressistas e altos cargos de ambos países.
Precisamente, amanhã o presidente americano, Barack Obama, parte de para a Europa com o objetivo declarado de aumentar a pressão sobre a Rússia para resolver a crise ucraniana.
Junto com Obama viajará o secretário de Estado de EUA, John Kerry, que deve se reunire com seu colega russo, Sergei Lavrov, em Haia (Holanda) na segunda-feira.
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