EUA retiram Cuba da lista de países cúmplices do tráfico de pessoas
Washington, 27 jul (EFE).- Os Estados Unidos retiraram nesta segunda-feira Cuba de sua lista de países que não fazem o suficiente para combater o tráfico de pessoas, e manteve a Venezuela nesse rol, que ainda inclui Rússia, Irã, Síria e Coreia do Norte, entre outros.
O Departamento de Estado publicou hoje seu relatório anual sobre tráfico de pessoas no mundo, relativo a 2014, que listou os países que não tomam as ações necessárias para combater essa praga, o que abre a porta para a imposição de sanções como o congelamento da ajuda não humanitária e não comercial.
Cuba, que aparecia nessa lista negra todos os anos desde pelo menos 2003, foi transferida este ano à categoria “observação especial”, em que também estão Bolívia, Costa Rica, Haiti, Jamaica e China, entre outros.
“O governo de Cuba não cumpre completamente com os padrões mínimos para a eliminação do tráfico de pessoas, no entanto, está fazendo esforços significativos para fazê-lo”, indicou o relatório americano.
O Departamento de Estado reconheceu que, “pelo segundo ano consecutivo, o governo (cubano) informou de esforços para enfrentar o tráfico sexual”, mas recomendou a Cuba aprovar uma lei integral contra o problema e “investigar e processar vigorosamente” quem se envolver em tráfico trata sexual ou exploração laboral.
“Continuamos preocupados com o fato de Cuba não ter reconhecido o trabalho forçado como um problema, e esse é um tema que trataremos em nosso diálogo com funcionários cubanos”, disse a subsecretária de Estado dos EUA para a Democracia e os Direitos Humanos, Sarah Sewall, em entrevista coletiva.
A lista de “observação especial” inclui os países cujos governos não cumprem os padrões de combate ao tráfico de pessoas estabelecidos em uma lei americana de 2000, mas estão fazendo “esforços significativos” para fazê-lo, embora não tenham podido apresentar provas concretas disso.
Na lista negra de países que não cumprem com os padrões dessa lei nem estão fazendo esforços significativos para fazê-lo estará de volta a Venezuela, que foi rebaixada ano passado a essa categoria após vários anos sob “observação especial”.
“A Venezuela é um país de origem e destino para homens, mulheres e crianças sujeitos a tráfico sexual e trabalho forçado”, acusou o relatório.
Os Estados Unidos também melhoraram nesta edição a avaliação da Malásia, transferida da lista negra à categoria de observação especial, o que foi criticado por alguns congressistas por considerar ter se tratado de um favor político a essa nação, uma das 12 que negociam o Tratado de Associação Transpacífico (TPP). EFE
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