EUA retirarão militares, mas não vão declarar “missão cumprida” contra ebola

  • Por Agencia EFE
  • 11/02/2015 19h30
  • BlueSky

Washington, 11 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira a retirada, em abril, da maioria dos quase 3 mil militares do país que estão na África Ocidental para combater o ebola, mas afirmou que não pretende, com isso, declarar “missão cumprida”, e sim iniciar uma “nova fase” na luta contra a doença.

Em um ato na Casa Branca, Obama confirmou que apenas 100 dos 2.800 militares americanos que foram mobilizados para atuar na luta contra o ebola vão permanecer na região no final de abril, como o Pentágono antecipou ontem.

“Estivemos à altura do desafio”, proclamou Obama em relação à resposta americana diante da epidemia que afetou especialmente Guiné, Libéria e Serra Leoa.

No entanto, o presidente advertiu que o anúncio da retirada não equivale a “declarar missão cumprida, mas marcar uma transição” no combate à doença.

O Departamento de Defesa indicou ontem que 1.500 militares já deixaram a região desde dezembro devido à queda do número de casos de ebola, e outros 1.200 voltarão aos EUA nos próximos meses.

O motivo é o fato de que, de 1.000 casos prováveis e confirmados de ebola por semana em outubro na África Ocidental, o quadro caiu para “apenas 150 novos casos confirmados nos últimos relatórios”, disse hoje a Casa Branca em comunicado.

A ONU advertiu na semana passada que, apesar dos sinais de esperança do começo ano em razão da diminuição dos casos, a epidemia continua ativa e, portanto, representa ainda uma séria ameaça.

“Os Estados Unidos estão tão comprometidos como sempre a chegar ao objetivo de zero (mortes por ebola no mundo)”, frisou Obama.

O governante declarou que a resposta dos Estados Unidos foi crucial para mobilizar a comunidade internacional e conseguir assim uma queda sustentada de mortes por ebola.

O ato de hoje na Casa Branca teve a presença de seis americanos que foram curados da doença após passarem por tratamento nos EUA. EFE

llb/id

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.