EUA revelam inconformidade com apoio da Rússia ao regime sírio

  • Por Agencia EFE
  • 16/09/2015 03h41
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Washington, 15 set (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, manteve nesta terça-feira uma conversa telefônica com seu colega russo, Sergei Lavrov, na qual lhe transmitiu a inconformidade de seu país com a ajuda oferecida pela Rússia ao regime de Bashar al Assad na Síria.

Em comunicado, o Departamento de Estado informou sobre a conversa, na qual Kerry “deixou claro” para Lavrov que “o apoio contínuo da Rússia ao presidente Assad traz o risco de exacerbação e extensão do conflito” na Síria.

“Além disso, enfraquece nosso objetivo partilhado de combater o extremismo se não permanecemos focados na busca de uma solução para o conflito na Síria através de uma transição política genuína”, disse Kerry a Lavrov, segundo o comunicado do Departamento de Estado.

O principal responsável da diplomacia americana “reafirmou” para seu colega russo “o compromisso” dos EUA de formar uma coalizão de mais de 60 países para combater o Estado Islâmico (EI), da qual Assad “jamais poderia ser um membro crível”.

“Os EUA dariam boas-vindas a um papel construtivo da Rússia nos esforços de luta contra o EI”, indicou Kerry, que acrescentou que “não existe solução militar” para o conflito na Síria, que o mesmo “só pode ser resolvido” com uma transição política sem Assad.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse hoje que Moscou seguirá apoiando o regime sírio com ajuda técnico-militar em sua luta contra grupos terroristas como o Estado Islâmico.

O chefe do Kremlin negou que o apoio de Moscou ao regime de Assad seja a causa da crise dos refugiados e, por outro lado, ressaltou que, se não tivesse apoiado Damasco, o número de deslocados seria ainda maior.

A Síria vive um conflito interno desde março de 2011, quando eclodiram vários protestos contra o governo de Assad. A guerra civil já deixou cerca de 220 mil mortos, mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e 7,6 milhões de deslocados internos, segundo estimativas da ONU. EFE

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