EUA sancionam ex-presidente do Iêmen por atividades desestabilizadoras
Washington, 10 nov (EFE).- O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira a imposição de sanções econômicas ao ex-presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, por sua participação em atividades que “ameaçam a paz, a segurança e estabilidade do país”.
Além de Saleh, os EUA também incluíram em suas sanções dois líderes rebeldes houthis, Abd al Khalid al Huti e Abdullah Yahya al Haqim.
“O governo americano e a comunidade internacional respaldam plenamente o Iêmen na medida em que trabalha para implementar sua agenda de reforma econômica, assegurar uma governabilidade efetiva e garantir um futuro mais representativo”, declarou David S. Cohen, subsecretário de Terrorismo e Inteligência Financeira do Tesouro em uma nota de imprensa.
Por isso, acrescentou Cohen, “responsabilizaremos todo aquele que ameace a estabilidade do Iêmen e seus esforços para conseguir uma transição política pacífica”.
A decisão dos EUA é anunciada poucos dias depois de o Conselho de Segurança da ONU anunciar ações similares contra Saleh.
Com esta medida ficam congelados todos os bens que possam ter sob jurisdição americana e se proíbe cidadãos e entidades americanas de realizar transações financeiras com os sancionados.
Saleh, que deixou o poder em 2011 depois de mais de 30 anos, foi desde 2012 um dos “principais apoios” da violência perpetrada no Iêmen por indivíduos filiados ao grupo xiita dos houthis com o objetivo de derrubar o atual presidente, Abdo Rabbo Mansour Hadi, afirmou o Tesouro.
Apesar dos houthis terem assinado recentemente um acordo de paz que estipulava a retirada de seus milicianos da capital e outras cidades para a formação deste governo de consenso, o movimento xiita continuou se expandindo pelo país e pôs as autoridades em xeque.
Por outro lado, o país também foi cenário em várias ocasiões de atentados da rede terrorista Al Qaeda, que reivindicou entre outros o ataque do último mês de outubro contra simpatizantes dos houthis, que causou 47 mortes na capital. EFE
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