EUA se mostram “horrorizados” com novo bombardeio de escola da ONU em Gaza

  • Por Agencia EFE
  • 03/08/2014 17h23
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O governo dos Estados Unidos se mostrou neste domingo “horrorizado” com o bombardeio de uma nova escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) na cidade de Rafah, no qual pelo menos 10 civis morreram, e assinalou que Israel “deve fazer mais para evitar mortes civis”.

Em comunicado, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jen Psaki, qualificou o ataque como um ato “desgraçado”.

Psaki ressaltou que “as coordenadas da escola tinham sido informadas de maneira repetida” ao Exército de Israel.

“Reiteramos mais uma vez que Israel deve fazer mais para cumprir com seus próprios padrões e evitar mortes civis. A suspeita que militantes (do Hamas) estão operando nas cercanias não justifica ataques que põem em risco as vidas de tantos civis inocentes”, insistiu a porta-voz americana, que também pediu “uma completa e pronta investigação deste incidente”.

A porta-voz do Departamento de Estado reiterou o chamado de Washington para que “todas as partes tomem todas as precauções possíveis para evitar mortes civis e proteger à população civil”.

Segundo o porta-voz da UNRWA, Chris Gunness, o bombardeio ocorreu por volta das 10h50 locais e atingiu as imediações da escola da agência em Rafah, onde se refugiam cerca de 3 mil deslocados pela ofensiva militar.

Essa não é a primeira vez que um ataque de Israel atinge estruturas da ONU em Gaza. Durante a atual ofensiva, projéteis do Exército israelense caíram pelo menos outras cinco ocasiões em diferentes complexos da ONU, todos os casos com várias vítimas.

A ofensiva militar israelense “Limite Protetor”, iniciada no dia 8 de julho em Gaza, já resultou na morte de 1.766 pessoas, a maioria civis, e deixou outras 9.500 feridas, informou hoje o Ministério da Saúde na Faixa. Por outro lado, 66 israelenses morreram nos confrontos, a maioria soldados.

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