EUA se opõem a referendo de independência do Curdistão iraquiano

  • Por Agencia EFE
  • 04/07/2014 04h56
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Washington, 3 jul (EFE).- Os Estados Unidos se opuseram a ideia de realizar um referendo sobre a independência da região semiautônoma dos curdos do norte do Iraque e opinaram que o país será mais forte se permanecer unido, informou nesta quinta-feira a Casa Branca.

“Vimos os relatórios sobre o crescente interesse entre os curdos de obter certa autonomia, ou pelo menos um referendo que os permitisse votar por sua autonomia”, disse hoje em declarações para a imprensa o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

“Continuamos acreditando que o Iraque é mais forte se estiver unido”, acrescentou Earnest. O porta-voz também informou que os Estados Unidos “apoiam um Iraque democrático, plural e unido” e que continuarão solicitando a todas as partes para que trabalhem para atingir esse objetivo.

O presidente do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, disse na terça-feira que tem planos de realizar um referendo em poucos meses sobre a independência dessa região autônoma.

Em entrevista para a emissora britânica “BBC”, Barzani afirmou que o Iraque “já é um país dividido” e que “a independência é um direito dos curdos”.

O porta-voz da Presidência dos EUA insistiu nesta quinta-feira que a melhor forma de se combater a ameaça dos radicais sunitas do Estado Islâmico (EI) é através da unificação do país.

As declarações de Earnest coincidiram com a visita de Barzani e de uma delegação do Curdistão iraquiano a Washington, onde se reuniram com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Tony Blinken, e com o vice-presidente Joseph Biden.

“Ambas as partes coincidiram na importância de se criar um novo governo no Iraque que reúna todas as comunidades e possa resistir de forma efetiva à ameaça do EI”, afirmou a Casa Branca em comunicado.

Biden também manteve nesta quinta-feira uma conversa telefônica com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, com quem abordou a crise no Iraque e outros assuntos regionais, informou a Casa Branca.

O vice-presidente americano comemorou a libertação de alguns dos cidadãos turcos sequestrados pelos radicais sunitas e coincidiu com Erdogan na importância de apoiar a paz e a estabilidade duradoura no Iraque e de cooperar com todos os grupos que vivem no país. EFE

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