EUA supervisionarão viajantes de países afetados pelo ebola por 21 dias

  • Por Agencia EFE
  • 22/10/2014 15h38

Atlanta (EUA), 22 out (EFE).- Todos os viajantes que cheguem aos Estados Unidos procedentes de Libéria, Guiné e Serra Leoa serão supervisionados medicamente à distância a partir da próxima segunda-feira para evitar novos casos de ebola no país, informaram nesta quarta-feira os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

O diretor dos CDC, Tom Frieden, explicou em entrevista coletiva que se pedirá aos viajantes informações de contato como e-mail, telefones nos quais possa ser localizado e um endereço postal.

Estas pessoas receberão o material necessário para medição de temperatura e se lhes pedirá que informem diariamente às autoridades sanitárias locais e estaduais sobre se mostram sintomas da doença.

“Vamos continuar fazendo isto aos viajantes destes três países por 21 dias até que se contenha o surto”, disse o diretor dos CDC, com sede em Atlanta.

Frieden indicou que este programa será realizado em seis estados: Nova York, Geórgia, Nova Jersey, Pensilvânia, Maryland e Virgínia.

Há vários dias se mede a temperatura dos passageiros procedentes da África Ocidental em cinco aeroportos dos Estados Unidos -JFK de Nova York, Newark (Nova Jersey), Washington Dulles, Chicago e Atlanta – , que eram os únicos pontos permitidos de entrada ao país dessa região.

Os afetados por esta medida serão residentes desses países assim como estrangeiros que viajaram à região, seja pessoal sanitário deslocado para ajudar a conter o surto ou jornalistas.

“Estas novas medidas que estou anunciando hoje representarão novos níveis de segurança para que as pessoas que mostrem sintomas de ebola possam ser postas em quarentena rapidamente”, disse Frieden.

O presidente dos EUA, Barack Obama, reúne-se hoje com o “czar para o ebola”, Ron Klain, a quem designou na semana passada como coordenador da resposta do governo perante os primeiros contágios do vírus no país.

Não há rotas diretas entre os três países africanos e os Estados Unidos, mas cerca de 150 voos chegam diariamente com passageiros que poderiam proceder da região mais afetada pelo surto após fazer escala em outros países. EFE

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