EUA suspendem toda cooperação militar com a Rússia por crise na Ucrânia
Washington, 3 mar (EFE).- Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira que suspenderam toda a cooperação militar com a Rússia por causa da intervenção militar na península ucraniana da Crimeia, o que inclui encontros bilaterais, manobras militares conjuntas, conferências previstas e visitas a porto, informou o Pentágono em comunicado.
“Pedimos que a Rússia impeça a escalada da crise na Ucrânia e que suas tropas na Crimeia voltem para suas bases”, afirmou nesta segunda-feira o porta-voz do Departamento de Defesa de EUA, o contra-almirante John Kirby, em comunicado.
A decisão do Departamento de Defesa chega ao mesmo tempo em que o presidente americano, Barack Obama, se reúne com seus assessores de segurança para avaliar a estratégia que será seguida devido à negativa da Rússia em voltar atrás em sua intervenção militar na Crimeia.
O Departamento de Defesa esclareceu hoje que a crise entre Rússia e Ucrânia não provocou nenhuma mudança em sua estratégia militar “na Europa, nem na área do Mediterrâneo”.
“Nossas unidades navais mantém sua rotina, assim como as operações e manobras planejadas anteriormente com os aliados na região”, ressaltou o porta-voz.
O Pentágono destacou, além disso, que os Estados Unidos “avaliam” a cooperação militar com a Rússia, desenvolvida nos últimos anos para “aumentar a transparência, melhorar o entendimento mútuo e reduzir o risco de erros de cálculo no campo militar”.
Antes de saber da decisão do Departamento de Defesa, o governo dos Estados Unidos já avisou na manhã de hoje que é “muito provável” que imponha sanções à Rússia se o país não voltar atrás em sua intervenção militar na Ucrânia.
A Casa Branca e o Departamento de Estado acentuaram nesta segunda-feira suas advertências à Rússia devido as suas ações militares na península da Crimeia que colocam os russos “no lado errado da história”, nas palavras do presidente Obama.
“Estamos examinando uma série de passos, econômicos e diplomáticos que isolarão a Rússia e terão um impacto negativo em sua economia e em seu status no mundo”, disse nesta segunda-feira Obama aos jornalistas antes de uma reunião na Casa Branca com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Por sua parte, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, viajará para Kiev, a capital ucraniana, para apresentar um pacote de ajuda econômica e promover a mediação internacional na crise. EFE
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