EUA tacham de “provocadora e desnecessária” viagem de Putin à Crimeia
Washington, 9 mai (EFE).- Os Estados Unidos tacharam nesta sexta-feira de “provocadora e desnecessária” a viagem do presidente russo, Vladimir Putin, à anexada península da Crimeia para participar de um desfile militar, por considerar que essa região segue pertencendo à Ucrânia.
“Nossa opinião é que esta viagem é provocadora e desnecessária. A Crimeia pertence à Ucrânia e certamente não reconhecemos os passos ilegais e ilegítimos da Rússia nesse âmbito”, disse a porta-voz de Departamento de Estado, Jen Psaki, em sua entrevista coletiva diária.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, conversou nesta sexta-feira por telefone com seu colega russo, Sergei Lavrov, sobre a crise na Ucrânia e sobre o conflito na Síria, mas não falaram sobre a visita de Putin à Crimeia, segundo explicou Psaki.
A conversa se centrou em “esforços para trabalhar com a OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) e outros no terreno (na Ucrânia)” e, no caso da Síria, sobre “o processo para retirar as armas químicas e o trabalho pendente nessa frente”, disse.
Kerry também conversou com o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Tatseniuk, sobre a “situação de segurança no terreno, os esforços para manter a calma e a preparação para as eleições” presidenciais de 25 de maio.
Os Estados Unidos e a União Europeia deixaram a porta aberta à imposição de mais sanções à Rússia, e em particular à setores concretos de sua economia, especialmente com a realização das eleições do dia 25.
Psaki lembrou que na próxima semana Kerry viajará para Londres para participar de uma reunião centrada na Síria com o grupo dos “11 de Londres”, um fórum surgido dos “Amigos da Síria” que reúne o Reino Unido, Estados Unidos, Egito, França, Alemanha, Itália, Jordânia, Catar, Arábia Saudita, Turquia e os Emirados Árabes Unidos.
“Há uma série de países nesse grupo que certamente têm um interesse no que está passando na Ucrânia, e tenho certeza que haverá uma oportunidade de falar da situação” durante o encontro, adiantou Psaki. EFE
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