EUA utilizam ajuda à Ucrânia para que Congresso aprove reforma do FMI

  • Por Agencia EFE
  • 04/03/2014 22h43

Washington, 4 mar (EFE).- O governo americano anunciou nesta terça-feira sua intenção de vincular o pacote de assistência financeira à Ucrânia com a postergada aprovação por parte do Congresso dos Estados Unidos da reforma do sistema de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Estamos trabalhando com o Congresso para aprovar a reforma de cota do FMI de 2010, que permitiria respaldar a capacidade do Fundo para emprestar recursos adicionais à Ucrânia, o que, por sua vez, ajudaria a preservar a liderança dos EUA dentro desta importante instituição”, afirmou Jack Lew, secretário do Tesouro, em comunicado.

A proposta do governo de Barack Obama foi incluída hoje no novo projeto de orçamento enviado ao Congresso para o ano fiscal 2015, que começa em outubro, e que busca a consolidação de uma verba de US$ 63 bilhões para o FMI previamente assumida como de caráter temporário.

Até agora, o Congresso rejeitou esta possibilidade em várias ocasiões. Se for aprovada, daria sinal verde à reforma do sistema de cotas do FMI estipulada em 2010, mas a negativa do Congresso dos EUA evitou sua entrada em vigor por Washington ser o sócio com maior capacidade de votação no organismo.

Mediante esta reforma, que permitiria dobrar a capacidade de empréstimo da instituição internacional dirigida por Christine Lagarde até os US$ 700 bilhões, se tenta outorgar maior peso específico no FMI às economias emergentes como reflexo de seu crescente papel global.

A Administração Obama argumenta que, se for ratificada a reforma no seio da instituição, a Ucrânia aumentaria sua capacidade para receber empréstimos por parte do Fundo.

“O FMI estará no centro de um pacote de assistência financeira e é o que está melhor situado para apoiar a implementação por parte da Ucrânia de reformas robustas e orientadas à economia de mercado”, ressaltou Lew.

Atualmente, uma equipe técnica da FMI se encontra em Kiev para avaliar as necessidades econômicas da Ucrânia, e Lagarde já expressou a vontade da instituição de auxiliar o país. EFE

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