Eurogrupo libera 7 bilhões de euros para Grécia e vê bases para novo resgate

  • Por EFE
  • 16/07/2015 08h25
Bandeira da Grécia ao lado de uma estátua fora do Parlamento Europeu. 06/07/2015 REUTERS/Francois Lenoir Reuters Grécia

O Eurogrupo acertou para sexta-feira (17) o desembolso urgente de 7 bilhões de euros para que Grécia para enfrentar suas obrigações financeiras iminentes, informaram à Agência Efe fontes diplomáticas.

O fundo ficará a cargo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) e será garantido pelos lucros dos bônus gregos nas mãos do Banco Central Europeu (BCE).

Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro também deram seu “aval político” para começar as negociações do terceiro resgate à Grécia, embora a decisão dependa da aprovação dos diretores do fundo de resgate da zona do euro e de vários Parlamentos, confirmaram as fontes.

Anteriormente e da mesma maneira se reuniram os números dois desses ministérios para preparar os detalhes mais técnicos.

Depois os ministros da zona do euro tiveram outra chamada na qual constataram que o governo grego cumpriu com seu compromisso de aprovar uma série de medidas no Parlamento do país.

O Eurogrupo pactuou desembolsar em torno de 7 bilhões de euros do MEEF, um fundo abastecido com o orçamento comunitário e que já foi utilizado nos resgates de Portugal e Grécia, para que a Grécia possa honrar pagamentos como o de 3,5 bilhões de euros que deve devolver ao BCE em 20 de julho.

Para resolver a oposição de Reino Unido, Suécia e Dinamarca ao uso de fundos do orçamento europeu para a Grécia, a zona do euro decidiu utilizar os lucros gerados pelas operações com bônus gregos nas mãos do BCE – em torno de cerca de 3,3 bilhões deste ano e do anterior – como garantia do desembolso.

Assim, no caso de Atenas não devolver parte do dinheiro emprestado, as perdas seriam assumidas somente pela zona do euro, segundo as fontes diplomáticas consultadas.

A decisão tem que receber agora o sinal verde urgente dos 28 países do bloco, o que se espera que aconteça de maneira iminente, de modo que os Parlamentos nacionais que têm que ser consultados também possam realizar os trâmites necessários antes do sábado.

O objetivo é que o desembolso de 7 bilhões de euros seja executado na segunda-feira o mais tardar.

Por outro lado, o Eurogrupo constatou que as medidas aprovadas pelo Parlamento grego e o compromisso de adotar uma nova bateria de ações na semana passada servem para começar as negociações do terceiro resgate ao país.

Por isso, deram seu “aval político” ao início das conversas, uma decisão que também tem que ser consultada com Parlamentos nacionais como o alemão.

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