Europa pede calendário eleitoral na Venezuela para acabar com crise

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/04/2017 10h31
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CAR003. CARACAS (VENEZUELA), 23/03/2017.- Fotografía cedida por el Palacio de Miraflores del presidente de Venezuela, Nicolás Maduro (c), durante su intervención en la "Expo Venezuela Potencia 2017" hoy, jueves 23 de marzo de 2017, en la ciudad de Caracas (Venezuela). Maduro dijo hoy que su Gobierno buscará consensos con los empresarios para recuperar la economía nacional, luego de que el país caribeño entró en una severa crisis desde 2014 a partir de la caída en los precios del crudo, su principal fuente de financiación. "Se acabó el rentismo petrolero (...) quiero consenso y diálogo dinámico entre empresarios", afirmó Maduro durante la instalación de la "Expo Venezuela Potencia 2017", una muestra del trabajo que adelantan 400 compañías en el país, organizada por el Ejecutivo. EFE/PALACIO DE MIRAFLORES/SOLO USO EDITORIAL/NO VENTAS EFE/PALACIO DE MIRAFLORES Nicolás Maduro - EFE

Uma resolução apoiada por deputados socialistas foi aprovada no Parlamento Europeu nesta quinta-feira condenando a “repressão brutal” na Venezuela e colocando pressão sobre o governo de Nicolás Maduro. O texto, que alerta para a existência de “grupos armados irregulares” no país, pede a definição de um calendário eleitoral para a Venezuela como forma de superar a atual crise.

Na avaliação do órgão europeu, há uma “contínua violação inconstitucional da ordem democrática na Venezuela”. Citando as tentativas de suspender os poderes da Assembleia Nacional em Caracas, o Parlamento Europeu insistiu em apelar para que o governo venezuelano “garanta a total restauração da democracia”

“Expressamos nossa profunda preocupação com a séria deterioração da democracia e da situação de direitos humanos e sócio-econômicas, num clima de instabilidade política e social”, alertaram os eurodeputados.

No centro das reivindicações, os deputados querem que Maduro apresente um calendário eleitoral que permita “um processo eleitoral transparente e livre, como única forma de solucionar o impasse político”. Para isso, porém, o líder opositor Henrique Capriles terá de voltar a ser considerado como um potencial candidato. “Pedimos que o governo coloque fim à prática de impedir que líderes da oposição possam exercer seus direitos políticos”, diz o texto.

Os europeus ainda apelam ao governo do presidente Nicolás Maduro para que respeite a constituição e o mandato dos deputados eleitos, além de promover uma “liberação imediata e incondicional” de todos os prisioneiros políticos. “Não haverá uma solução durável para a Venezuela no longo prazo se existem prisioneiros políticos”, alertam.

Os deputados reforçaram um pedido recente da ONU para que o governo investigue as mais de 20 mortes registradas no país nos últimos dias e que permita que protestos pacíficos possam ocorrer. A resolução também cobra Maduro para assegurar a liberdade de expressão e de imprensa.

No texto, o governo ainda é pressionado para que permita ajuda humanitária e que organizações internacionais possam entrar no país para dar assistência aos setores mais atingidos pela crise

O texto foi aprovado por 450 votos a favor, 35 contra e cem abstenções. Mas um dos partidos que apoiou foi o Socialista, dentro de uma aliança com os grupos de centro-esquerda.

“Pedimos ao governo e a para a oposição que passem a dialogar para poder superar a crise, pelo bem do povo venezuelano”, disse Ramon Atondo, eurodeputado da Aliança de Socialistas e Democratas e co-presidente do Grupo Europa América Latina no Parlamento. “A situação é muito preocupante”, disse.

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