Europeus defendem transparência do TTIP após campanha lançada pelo Wikileaks
Bruxelas, 11 ago (EFE).- A Comissão Europeia (CE) defendeu nesta terça-feira a “transparência” das negociações em torno do Tratado de Livre-Comércio e Investimentos (TTIP) entre a União Europeia e os Estados Unidos, após a campanha da plataforma Wikileaks para obter uma filtragem de documentos com o conteúdo das conversas.
A Comissão Europa garantiu que não tem “nenhuma reação em particular” sobre o lançamento de uma campanha para obter 100 mil euros com os quais recompensará quem filtrar os documentos do TTIP, que o Wikileaks classifica de “hipersecreto pacto de comércio”.
No entanto, um porta-voz da CE disse à Agência Efe que “estas são as negociações comerciais mais transparentes até o momento, com um esforço sem precedentes da parte da Comissão para envolver e comunicar a sociedade civil”.
A Comissão indicou que a instituição “cumpre sua obrigação de informar aos Estados-membros e ao parlamento Europeu”, e para isso ocorreram “mudanças significativas” com relação ao acesso dos eurodeputados aos documentos das negociações.
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, destacou no site da plataforma que o “sigilo em torno do TTIP projeta uma sombra sobre o futuro da democracia europeia”.
Segundo o Wikileaks, sua campanha foi respaldada pelo cineasta Terry Gillian, o filósofo esloveno Slavoj Zizek e o ex-ministro de Finanças da Grécia Yanis Varoufakis.
“A transparência necessita de uma mãe na zona do euro, mas também nas negociações comerciais que a afetam. Juntem-se”, disse Varoufakis no Twitter.
A equipe da Direção Geral de Comércio para as negociações do TTIP respondeu a Varoufakis informando na mesma rede social que pode encontrar os documentos públicos sobre o acordo em seu site.
“Já temos os documentos do TTIP, justo aqui, em nosso site. Onde recolhemos o prêmio do Wikileaks?”, apontou no Twitter.
EFE
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