Europol diz que entre 3 mil e 5 mil europeus viajaram para se juntar a jihad
Londres, 13 jan (EFE).- O diretor do Escritório Europeu de Polícia (Europol), Rob Wainwright, afirmou nesta terça-feira em Londres que entre três mil e cinco mil cidadãos da União Europeia (UE) viajaram para países em conflito como a Síria para se unirem a grupos jihadistas.
Wainwright alertou para o risco de essas pessoas, a maioria delas homens jovens, retornem à Europa e cometam atentados como os de semana passada em Paris, que deixaram 17 mortos.
“Estamos falando de entre três mil e cinco mil europeus. Enfrentamos um amplo grupo de jovens que podem voltar e que têm potencial ou intenção de realizar ataques como os de Paris”, disse Wainwright.
O responsável da Europol sustentou que é necessário aumentar a vigilância das comunicações na internet para controlar o risco de atentados nos países europeus.
“Uma das evoluções mais importantes que estamos vendo atualmente é o modo no qual a internet está sendo utilizada. Trata-se de um uso muito mais agressivo e criativo das redes”, afirmou Wainwright.
“As redes sociais são uma ferramenta de captação. Não só isso, são uma ferramenta de propaganda. Deve existir uma relação muito mais produtiva entre as forças de segurança e as empresas tecnológicas”, reivindicou o diretor da polícia europeia.
No comparecimento ao Comitê de Assuntos Internos do parlamento britânico, ele ainda afirmou que é necessária uma “nova legislação que permita às autoridades monitorarem a atividade de terroristas”.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou ontem que planeja dotar os serviços secretos britânicos de novas competências para espionar as comunicações privadas para prevenir o terrorismo.
O líder conservador afirmou que, se ganhar as eleições de maio com maioria suficiente, sancionará uma lei para facilitar o acesso das forças de segurança às comunicações dos cidadãos e suas atividades na internet. EFE
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