Evento no MS discute dificuldades e desafios de universitários indígenas

  • Por Agencia EFE
  • 05/08/2014 17h26
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Campo Grande (Brasil), 5 ago (EFE).- Quase 700 estudantes universitários de diferentes etnias indígenas estão reunidos em Campo Grande (MS) para debater de hoje a quinta-feira suas dificuldades e desafios durante o II Encontro Nacional de Estudantes Indígenas (Enei).

Com o tema “Políticas Públicas para os acadêmicos e egressos indígenas: avanços e desafios”, a reunião é a maior já realizada até agora por índios universitários no país, e pela primeira vez reúne representantes dos 27 estados. O objetivo é dar continuidade as discussões e reflexões desenvolvidas no I Enei, realizado ano passado.

“Sempre seremos índios, seja na universidade, na cidade ou no exterior. Temos que fazer valer nossa voz sem nos esquecer de onde viemos”, disse à Agência Efe Soilo Urupe Chue, aluno do curso de Psicologia da etnia chiquitano, durante a cerimônia de inauguração do evento na sede da Universidade Católica Dom Bosco.

No encontro, os estudantes se propõem a discutir com professores, pesquisadores e autoridades ações políticas, dificuldades e desafios enfrentados pelo crescente número de indígenas no meio acadêmico, impulsionado nos últimos anos pela criação em 2004 de programas de subsídios públicos para os estudantes e do sistema de cotas para o ensino superior.

Representantes do Ministério da Educação e da Fundação Nacional do Índio (Funai) participaram do evento, que também contará com a presença de líderes do movimento indígena e ativistas.

“Nós criamos o movimento indígena, agora vocês têm que agarrar as mudanças e apoiar a nossas comunidades na academia”, declarou Estebinho, professor e líder indígena da etnia terena.

De acordo com o relatório anual divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário no mês passado, o Mato Grosso do Sul foi o estado com mais casos de violência contra indígenas em 2013. EFE

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