Ex-combatente no Iraque é identificado como o autor do tiroteio de Fort Hood
Washington, 3 abr (EFE).- O soldado do exército dos Estados Unidos Ivan López, que foi enviado ao Iraque, foi identificado como suspeito de matar três pessoas, ferir 16 e se suicidar ontem na base de Fort Hood (Texas), segundo disseram nesta quinta-feira os veículos de imprensa.
O legislador Michael McCaul, de Austin, republicano, e que preside o Comitê de Segurança Nacional da Câmara dos Representantes dos EUA, confirmou a identidade do soldado.
Por sua vez, o tenente-general Mark Milley, o chefe de maior categoria nessa ampla base, disse que o atacante havia sido avaliado por transtornos de estresse pós-traumático, mas que não se havia confirmado o diagnóstico.
As fontes militares, no entanto, não confirmaram que López tenha sido o assassino, em cumprimento dos protocolos segundo os quais primeiro se procura notificar os familiares de pessoas mortas.
Na mesma base militar, em 2009 o major do exército Nidal Hassan, um psicólogo militar, assassinou 13 pessoas e feriu mais de 30 em outro episódio de violência, sendo preso em seguida.
Segundo fontes da base citadas pelos veículos de imprensa, López vestia o uniforme padrão de camuflagem quando supostamente entrou em um edifício da base e abriu fogo.
Depois, o soldado, que portava uma pistola semiautomática de calibre 45, voltou a seu veículo, fez mais disparos desde o carro e depois disparou contra outro imóvel do recinto.
Milley disse que ato seguido o suspeito se suicidou quando se encontrou com soldados da polícia militar.
O suposto autor dos atentados tinha chegado a Fort Hood, uma grande base militar, em fevereiro procedente de outra instalação militar americana, por isso as autoridades do Texas sabiam pouco sobre ele.
O jornal “Dallas Morning News” afirmou que López era casado e que tinha prestado serviço durante quatro meses no Iraque como motorista de caminhões, em 2011.
Exceto os membros da polícia militar, os soldados destinados em Fort Hood e em todas as bases militares dos Estados Unidos não estão autorizados a levar armas, já sejam militares ou de propriedade pessoal, enquanto estão dentro das instalações.
As restrições sobre o porte de armas pessoais aumentaram depois do ataque de 2009 e uma série de suicídios em Fort Hood, que é a maior base de unidades blindadas em serviço ativo do país e uma das maiores dos EUA em todo o mundo.
As regras atuais exigem que os soldados registrem no comando suas armas particulares e que as mantenham em um lugar seguro.
Milley disse que a arma usada ontem pelo atacante não estava registrada. EFE
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