Ex-diretora da Korean Air pode pegar 3 anos de prisão por “caso das nozes”

  • Por Agencia EFE
  • 03/02/2015 03h30
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Seul, 3 fev (EFE).- A promotoria da Coreia do Sul solicitou três anos de prisão para a ex-vice-presidente da Korean Air, Cho Hyun-ah, que interrompeu a decolagem de um avião para expulsar uma tripulante no incidente que ficou conhecido como “caso das nozes”, informou nesta terça-feira o jornal local “Joongang”.

Os promotores a acusaram de violar as normas de segurança da aviação ao supostamente ter agredido uma tripulante da aeronave e modificado ilicitamente os planos de voo do avião, que partia de Nova York com destino a Seul, no dia 5 de dezembro do ano passado.

Além disso, a ex-diretora, de 40 anos e filha do presidente da companhia aérea, Cho Yang-ho, foi acusada de interferir na execução do dever de um funcionário do governo, já que a promotoria garante que tem provas de que ela tentou influenciar de forma irregular na investigação.

Um dos promotores também revelou na sessão do julgamento em um tribunal de Seul que Cho Hyun-ah “culpa continuamente os tripulantes e a aeromoça” e não mostrou arrependimento sincero e remorso por sua atuação no “caso das nozes”.

Está previsto que o juiz dite a sentença no próximo dia 12 e ponha um ponto final ao caso, que despertou interesse no mundo todo.

Enquanto isso, especialistas locais acreditam que, mesmo que seja considerada culpada, Cho não será mandada para a prisão devido à moratória que contemplam as leis da Coreia do Sul para crimes deste tipo.

A ex-vice-presidente da Korean Air supostamente expulsou a aeromoça do voo quando teve um ataque de raiva depois que a tripulante havia lhe servido nozes de macadâmia de forma equivocada.

Para isso, a acusada ordenou que o piloto suspendesse a decolagem do avião quando este já se encontrava na pista do aeroporto nova-iorquino John F. Kennedy.

O caso gerou grande repercussão na Coreia do Sul e Cho se viu obrigada a renunciar como vice-presidente da companhia aérea, antes de ser detida no dia 30 de dezembro.

O caso também alimentou a controvérsia sobre o poder das famílias proprietárias dos “chaebol” – os grandes conglomerados empresariais como Korean Air, Samsung e Hyundai – que ostentam grande influência política e econômica no país asiático. EFE

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