Ex-dirigentes da Pirelli são condenados por morte de 24 empregados por câncer
Roma, 15 jul (EFE).- Um tribunal de Milão (norte da Itália) condenou nesta quarta-feira 11 ex-dirigentes da companhia Pirelli pela morte de 24 trabalhadores por conta de tumores contraídos pela exposição ao amianto em duas fábricas entre as décadas de 70 e 80.
Os ex-dirigentes foram acusados de homicídio culposo agravado e, em seu veredicto, o juiz da VI Seção Penal do Tribunal, Raffaele Martorelli, os condenou em primeira instância a entre três e sete anos e oito meses de prisão, informou a imprensa local.
As duas instalações em questão fabricavam pneus e estavam localizadas em Milão.
O tribunal aceitou assim a tese do promotor Maurizio Ascione, que sustentava que ditas mortes por câncer estavam vinculadas à presença de fibras de amianto nessas fábricas.
Além disso, o juiz condenou os acusados e a Pirelli Tyre Spa ao pagamento de uma indenização de 520 mil euros às partes do processo e ao ressarcimento dos danos sofridos, que deverão ser quantificados em sede civil.
A maior parte dos familiares das vítimas já tinham recebido uma indenização de forma paralela ao processo e, por essa razão, tinham se retirado do mesmo, acrescentaram as fontes. EFE
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